Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, após reunião na sede da União Europeia em Brasília nesta quinta-feira (28)| Foto:

A visita do presidente interino da Venezuela Juan Guaidó ao Congresso brasileiro nesta quinta-feira (28) terminou em confusão com manifestantes no Senado.

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O tumulto começou quando um homem, identificado pela Polícia Legislativa da Câmara como um secretário parlamentar, gritou várias vezes "golpista" pouco antes da saída de Guaidó do gabinete da presidência do Senado, onde se reuniu com parlamentares e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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O assessor, identificado pela polícia apenas como Claudecir, foi vaiado por outros funcionários comissionados de parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e se envolveu em uma discussão com uma assessora da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a ativista cubana Zoe Martinez.

"Vai para Cuba, vai lá passar um pouco de fome", disse a assessora. Claudecir, por sua vez, repetia: "ó o laranjal", em referência ao escândalo de candidaturas laranjas ligadas ao PSL.

O homem foi retirado à força por seguranças da área delimitada para imprensa, onde se amontoavam também servidores da Casa e assessores, sob vaias e gritos de "fora comunista", "fora Maduro" e "vai para a Venezuela" vindos de apoiadores de Guaidó.

Os manifestantes favoráveis ao líder oposicionista não foram retirados do local.

Ele foi levado à Polícia Legislativa da Câmara, mas não houve registro de ocorrência e o secretário foi liberado.

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Após a confusão, Guaidó, que daria uma entrevista após a reunião, deixou o Congresso sem falar com jornalistas. Antes ele havia se reunido com deputados federais no plenário da Câmara.

O líder oposicionista foi recebido na entrada da Casa por deputados de bancadas conservadoras, como a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). O primeiro a cumprimentá-lo foi o deputado Alexandre Frota (PSL-SP).

Participaram das reuniões também parlamentares do Novo, do PTB e do DEM.