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Moscou - O presidente russo Dimitri Medvedev, que nesta semana iniciará uma viagem por quatro países da América Latina — Peru, Brasil, Venezuela e Cuba —, busca impor-se como um ator internacional de primeiro nível e desafiar em sua área de influência os Estados Unidos, em represália à crescente participação norte-americana em assuntos do Cáucaso.

A viagem de Medvedev, que tem início na sexta-feira no Peru, inclui uma participação no final de semana com os líderes reunidos na cúpula do Fórum de Cooperação Econômica do Pacífico Asiático (Apec).

Depois, o chefe do Kremlim visita o Brasil, quando se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De lá, Medvedev vai à Venezuela. O ponto mais curioso do percurso talvez seja a passagem do presidente russo por Cuba, mítico aliado da União Soviética durante a Guerra Fria e eterno inimigo comunista dos Estados Unidos.

Provocação

Para deixar a visita ainda mais parecida com uma provocação, a marinha russa realizará manobras conjuntas com a Venezuela no mar do Caribe, durante as quais pretende demonstrar que os relatórios publicados há uma década alardeando sua decadência não condizem com a verdade, informaram os representantes.

A estratégia de Medvedev, orquestrada por seu mentor e antecessor Vladimir Putin, atual primeiro-ministro russo, ressuscita as tensões da Guerra Fria, e agora bem debaixo do nariz dos norte-americanos, segundo os analistas.

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