Uma vistoria numa prisão gerida pelo Ministério do Interior do Iraque, em Bagdá, revelou novos casos de maus-tratos. Pelo menos 13 prisioneiros sofreram abusos graves, e a maioria destes foi sujeita a "tortura severa", segundo uma autoridade iraquiana citada pelo jornal "The Washington Post". Muitos tomaram choques elétricos. Outros tiveram as unhas arrancadas. Segundo o "New York Times", os 625 presos eram mantidos num espaço exíguo.
- Dois deles me mostraram as unhas e elas tinham sumido - disse a fonte do "Post", que pediu anonimato.
Um comunicado do Ministério de Direitos Humanos do Iraque informou que 13 prisioneiros precisaram de atendimento médico e que as descobertas, feitas na quinta-feira, estão sendo investigadas. Após a vistoria, 56 detentos foram libertados e 75, transferidos.
O centro de detenção foi o primeiro examinado como parte de um amplo inquérito aberto pelo governo depois que tropas americanas descobriram casos de tortura e abusos numa prisão subterrânea aparentemente clandestina, sob um prédio do Ministério do Interior, há um mês. Os soldados acharam 169 presos desnutridos, alguns deles com sinais de tortura. A maioria era de árabes sunitas.
Casos de tortura e maus-tratos de presos no Iraque trazem à tona algumas das piores memórias do período de Saddam Hussein. Durante a ocupação americana, o quadro mudou, mas os abusos continuaram. O primeiro a causar escândalo foi o episódio de Abu Ghraib, um notório centro de detenção da ditadura, que passou a ser conhecido como o local onde soldados americanos posaram para fotografias enquanto humilhavam detentos nus.
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