Um ano após o desaparecimento sobre o oceano Atlântico do voo AF447, que operava do Rio de Janeiro a Paris, mais de 1,2 mil pessoas fizeram uma homenagem às vítimas do acidente, nesta terça-feira, mas as críticas e dúvidas sobre a investigação continuavam.
Uma cerimônia foi organizada pela Air France pela manhã na sala de conferências ao centro do Parque Floral de Vincennes, nos arredores de Paris. À tarde, uma coluna com placa foi inaugurada no cemitério Père Lachaise, na capital francesa.
Participaram da homenagem familiares de 29 nacionalidades de passageiros, das 32 que estavam presentes no avião. Segundo um porta-voz da empresa, a delegação brasileira tinha 100 pessoas.
O voo desapareceu entre o Rio de Janeiro e Paris na noite de 31 de maio para 1º de junho de 2009, com 228 passageiros e tripulantes a bordo.
À margem da cerimônia, associações de defesa das famílias denunciaram a falta de transparência da investigação e pediram o início de uma quarta fase de buscas pelos destroços.
O secretário dos Transportes francês, Dominique Bussereau, anunciou a criação de um "comitê de informação" agrupando as associações de famílias das vítimas. O comitê fará reuniões regulares com o Escritório de Investigações e Análises (BEA) para obter informações sobre o avanço da investigação.
A terceira fase de buscas foi encerrada no fim de maio em meio ao fracasso da missão e divergências entre os especialistas do BEA e o Ministério da Defesa quanto à possível localização no oceano Atlântico das caixas-pretas da aeronave.
Em seu discurso diante das famílias, o secretário de Transportes declarou: "Posso garantir a vocês que não vamos desistir. O BEA vai levar adiante suas investigações para buscar os destroços e os gravadores de voo, que são os principais elementos para identificar as razões da tragédia."
A pedido das famílias, segundo a Air France, a imprensa não foi autorizada a acompanhar a cerimônia em Vincennes, mas a empresa divulgou imagens dela em seu site na Internet.
A cerimônia em Vincennes teve a presença do diretor geral da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, de Dominique Bussereau e de Jean-Paul Troadec, diretor do BEA.
Os nomes das 228 vítimas foram lidas na homenagem, em que representantes das religiões católica, protestante, muçulmana e judaica leram textos, e o coral da Air France interpretou um trecho do Réquiem de Verdi.
As três fases de buscas no Atlântico, com a ajuda de submarinos robôs, não levaram à localização dos destroços do Airbus A330-200 e, sobretudo, das caixas-pretas.
A investigação técnica revelou uma falha das sondas Pitot, que medem a velocidade do avião -- e que foram trocadas desde então --, mas o BEA acha que essa não teria sido a causa principal da "cadeia de acontecimentos" que levou à catástrofe.
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