O número de vítimas fatais no atentado do al-Shabaab a uma universidade no Quênia pode passar de 200. Segundo testemunhas, há mais dezenas de corpos que não foram originalmente contabilizados. O grupo extremista afirmou em comunicado, na sexta-feira (3), que matou 218 pessoas.
Foi o pior ataque no país em 17 anos. Testemunhas afirmam que, dentro da Universidade de Garissa, os militantes perguntavam qual a religião das vítimas para evitar matar muçulmanos, atirando imediatamente em cristãos. Autoridades quenianas chegaram ao local após o início da ação e montaram um cerco que durou quase 16 horas. Policiais e soldados foram diversas vezes repelidos pelos jihadistas antes de conseguir pôr fim à ação terrorista.
O al-Shabaab afirmou que o ataque foi uma retaliação à incursão queniana de 2011 ao Sul da Somália, onde o grupo opera, que desmontou várias bases dos jihadistas para criar um cordão de isolamento na fronteira — a 200 quilômetros de Garissa. Com o ataque de ontem, o governo queniano impôs o toque de recolher nas quatro regiões próximas à Somália.
As autoridades quenianas ofereceram 20 milhões de shillings (US$ 215 mil) de recompensa para quem oferecesse informações que levassem à prisão de Mohamed Mohamud, que supostamente teria ligações com o atentado e é descrito como o terrorista “mais procurado” do país.