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Na disputa para ser candidato à Presidência, concorrentes prometem até a Lua
Em época de eleições, os políticos fazem todo tipo de promessa e algumas vão um pouco longe demais, mas neste ano eleitoral nos EUA, os aspirantes republicanos prometeram ir até à Lua, literalmente.
O candidato Newt Gingrich foi o primeiro a ampliar suas metas eleitorais para fora da Terra, ao prometer em um ato de campanha na Flórida, diante de centenas de pessoas, que se chegar à Casa Branca daria ao país uma base permanente no satélite. A proposta foi muito bem recebida na região conhecida como "Costa do Espaço", próxima ao Centro Espacial John F. Kennedy, da Nasa, onde centenas de funcionários de companhias de engenharia e outros serviços perderam seus empregos após a retirada das naves no ano passado.
Porém, em um momento no qual o déficit fiscal do país é de US$ 1,3 trilhão (9,5% do Produto Interno Bruto), aumentar os gastos públicos com novos projetos visando o espaço não parece uma boa ideia aos olhos dos outros candidatos, que preferem propostas mais "terrenas".
Mitt Romney, líder na corrida, afirmou que ter uma colônia na Lua "seria uma enorme despesa". "E atualmente, quero gastar o dinheiro aqui", acrescentou.
Já Rick Santorum disse que "falar em gastar mais dinheiro em novos projetos quando a situação fiscal é desordenada não passa de uma simples política grosseira".
Ron Paul, perguntado sobre a questão, não se mostrou a favor de ir à Lua, porém ironizou: "Talvez devêssemos enviar alguns políticos lá para cima".
Efe
A vitória de Mitt Romney na primária da Flórida na terça-feira lançou os quatro aspirantes republicanos à Casa Branca em uma corrida maluca por votos país afora, com seis prévias no mês em estados sem afinidade, mas pesos similares na convenção que elegerá o candidato do partido, em agosto.
A agenda dos concorrentes ilustra duas coisas: como em fevereiro a campanha será menos uniforme e como Newt Gingrich, Rick Santorum e Ron Paul ainda estão empenhados na disputa.
Após conquistar um estado-chave e somar duas vitórias, o ex-governador de Massachusetts acordou em Tampa, onde festejara na véspera com um discurso que mirou o presidente Barack Obama como se já fosse seu rival oficial; seguiu para Minnesota, que vota terça-feira; e, antes de a noite cair, falava em Las Vegas, Nevada.
O estado, cujo "caucus" (assembleia de eleitores onde o voto ocorre após um debate) será sábado, também atraiu Gingrich.
O ex-presidente da Câmara deixara a Flórida na véspera, sem parabenizar o vencedor e fazendo promessas para seu primeiro dia de governo, e seguiu para Reno.
Enquanto isso, o deputado Ron Paul que vem em quarto nas pesquisas, mas tem a seu lado o eleitorado jovem havia voado do Maine, que também vota sábado, para discursar em Las Vegas.
E o ex-senador ultraconservador Rick Santorum se desdobrava em quatro eventos no Colorado, que também vota terça, após passar na véspera por Minnesota resposta a quem apostou em sua saída após a Flórida.
Os maiores prêmios, porém, vêm dia 28, nas primárias em Michigan e Arizona.
Embora sem metade da representatividade na convenção partidária porque anteciparam suas prévias, os dois estados estão entre os mais influentes e podem nortear a "superterça", em 6 de março, dia que concentra 11 prévias.
Chances
Romney venceu na Flórida com 46% dos votos e soma 66 delegados, dos 1.144 necessários para vencer. Gingrich ficou com 32%, mantendo-se com 25 delegados. Com respectivamente 8 e 10 "delegados", Santorum recebeu 13% dos votos e Ron Paul, 7%.
Em 21 de janeiro, Romney foi derrotado por Newt Gingrich na Carolina do Sul. A Flórida, porém, é de longe a maior das quatro disputas já realizadas até o momento. A Flórida será especialmente importante na eleição presidencial. Muitos dos estados são solidamente democratas ou republicanos, e a Flórida é um estado onde a balança pode pender para um lado ou para outro.