A viúva de Yasser Arafat vai abrir um processo legal na França pedindo às autoridades que investiguem a morte de seu marido, após novas suspeitas terem sido levantadas recentemente, disse seu advogado nesta terça-feira (10). As autoridades palestinas deram a aprovação final nesta semana para que o corpo do ex-líder palestino seja exumado e pediram uma investigação internacional sobre a morte de Arafat, ocorrida em 2004, num hospital militar francês.
Isso tudo aconteceu logo após a veiculação de um programa da emissora árabe Al-Jazeera, na semana passada. A emissora disse ter realizado uma investigação de nove meses sobre a morte de Arafat depois que sua viúva, Suha, ter entregue a eles seu prontuário médico e uma mochila com seus pertences. Na mochila, havia um chapéu de pele e um boné de lã com alguns fios de cabelo, uma escova de dentes e roupas com sua urina e manchas de sangue.
O Instituto de Física da Radiação da Suíça detectou elevados níveis de polônio-210, uma substância rara e letal, nos pertences de Arafat, mas afirmou que as descobertas foram inconclusivas e os ossos do líder terão de ser examinados.
Apesar disso, o exame dos ossos pode não dar uma resposta clara. Os níveis de polônio-210 caem rapidamente e especialistas estão divididos sobre se os restos mortais de Arafat podem fornecer uma pista sólida, oito anos após sua morte.
Se o pedido de Suha foi aceito, as autoridades francesas poderão investigar a morte de seu marido.
O advogado Pierre-Olivier Sur disse terça-feira que a viúva de Arafat espera que a investigação vá "estabelecer as exatas circunstâncias da morte de seu marido e estabelecer a verdade, para que a justiça seja feita".
Médicos franceses disseram que Arafat morreu em decorrência de um grande acidente vascular cerebral e que ele sofria de um problema conhecido como coagulação intravascular disseminada, no qual o sangue começa a coagular por todo o corpo. Mas não há conclusões sobre o que teria causado o problema de coagulação, que pode ser originado por infecções ou doenças hepáticas. As informações são da Associated Press.
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