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A viúva de Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador assassinado no início de agosto após sair de um comício eleitoral, foi vítima de uma tentativa de ataque nesta quarta-feira (27), em Quito.
As informações sobre o ocorrido foram divulgadas pelo substituto de Villavicencio nas urnas, Christian Zurita. De acordo com ele, Verónica Sarauz estava em um carro na capital equatoriana, quando foi abordada por um homem de moto, que tentou atacá-la.
O criminoso tinha origem venezuelana e portava uma arma, segundo a polícia. Apesar do susto, a vítima não foi atingida e o acusado foi preso logo após o crime.
Na época do assassinato do presidenciável, em 9 de agosto, seis colombianos foram detidos e um outro homem acusado de atirar contra o político morreu no confronto com um segurança do candidato.
O Equador é alvo de uma recente onda de violência ligada ao narcotráfico, problema que surgiu após o país se tornar uma rota importante de transporte da droga para os Estados Unidos e outros, por meio de seus portos.
O país atualmente vive em um estado de exceção, decretado pelo presidente Guillermo Lasso, depois que os presídios foram tomados por disputas de poder entre organizações criminosas, que já fizeram centenas de agentes da segurança reféns dentro das prisões.
Eleições presidenciais
Em meio aos ataques contra políticos no país, a correísta Luisa González e o empresário Daniel Noboa iniciaram oficialmente no último domingo (24) a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais, marcado para o próximo dia 15 de outubro.
González, a candidata favorita na corrida eleitoral, afirmou recentemente que recebeu ameaças de morte de criminosos. Ela atribuiu as mensagens ao fato de liderar as pesquisas sobre intenção de voto para ser a próxima chefe de Estado no Equador.