Autoridades paquistanesas acusaram as três viúvas de Osama bin Laden por entrar e viver ilegalmente no Paquistão, informou o Ministério do Interior nesta quinta-feira.
O líder da Al-Qaeda foi morto em uma invasão secreta das forças especiais norte-americanas na cidade de Abbottabad em maio do ano passado após uma busca de uma década.
As três esposas de Bin Laden e um número não divulgado de crianças estavam entre as 16 pessoas detidas pelas autoridades paquistanesas após a incursão.
"Elas (as esposas) foram apresentadas perante o tribunal. Depois disso, estão em prisão preventiva e detidas de maneira apropriada e legal", disse o ministro Rehman Malik a repórteres.
"Ocorrências foram registradas contra os adultos, não contra as crianças."
Duas das esposas são de nacionalidade saudita e a outra é do Iêmen, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores do Paquistão.
Malik não especificou qual tribunal estava lidando com o caso, ou onde as mulheres estavam detidas. Elas terão de enfrentar julgamento, mas não está claro qual será a punição caso sejam condenadas.
O Paquistão afirmou anteriormente que iria repatriar as mulheres para seus países de origem, após uma comissão do governo que investigava o caso da morte de Bin Laden ter concluído os questionamentos.
A comissão entrevistou membros da família para descobrir pistas de como o chefe da Al Qaeda conseguiu ficar no país sem ser identificado.
A invasão afundou a relação entre os frágeis aliados Paquistão e Estados Unidos para o seu ponto mais baixo desde que o governo paquistanês se juntou aos norte-americanos na luta global contra a militância.