Um novo elemento de dúvida foi lançado no caso de Natascha Kampush, a adolescente austríaca que foi mantida em cativeiro durante oito anos, depois de uma testemunha ter declarado que a mãe da jovem conhecia o seqüestrador e que está convencida de que havia uma ligação entre os dois.

CARREGANDO :)

As revelações, publicadas na revista alemã "Stern" nesta quarta-feira, foram feitas por Anneliese Glaser, uma vizinha de Natascha e da mãe antes da menina, então com 10 anos, ter desaparecido quando ia para a escola em março de 1998.

Annelise Glaser, que morava em um apartamento do mesmo bloco do prédio onde residia Natascha, disse à revista que ela trabalhava como vendedora de uma mercearia de propriedade de Brigitta Sirny, a mãe da menina, que se separou do marido na época do seqüestro.

Publicidade

Glaser disse que seis meses antes de Natascha ter sido capturado ela viu o seqüestrador, Wolfang Priklopil, de 44 anos, entrar na mercearia.

- Tenho certeza de que era Priklopil. Estou certa de que Sirny e Priklopil se conheciam e havia uma ligação entre eles - disse a ex-vizinha na entrevista.

Annelise afirmou que assim que viu fotos de Priklopil na televisão austríaca depois de Natascha ter escapado do cativeiro no mês passado, o reconheceu imediatamente.

A polícia austríaca, que ouviu o depoimento de Annelise Glaser, se recusou a fazer comentários sobre suas declarações na terça-feira mas disse que ela está sendo tratada como uma importante testemunha. A mãe de Natascha havia negado anteriormente qualquer cumplicidade com o seqüestro da filha.

Natascha Kampusch e a equipe de psiquiatras e assessores de imprensa que a cercam não responderam às declarações da ex-vizinha Annelise Glaser.

Publicidade

As afirmações da Glaser certamente vão acrescentar mais dúvidas sobre as circunstâncias sobre como Natascha ficou mantida como refém durante oito anos. Priklopil cometeu suicídio quando percebeu que a jovem havia fugido do cativeiro subterrâneo.

Há duas semanas, Natascha deu uma entrevista para a televisão austríaca sobre o período em que foi mantida refém. Ela contou que queria escapar e até sonhou em cortar a cabeça de seu algoz com um machado.

Mas desde então, Natascha admitiu ter esquiado com o seqüestrador nas montanhas fora de Viena. Anteriormente ela havia negado. Testemunhas também afirmam ter visto ela e seu algoz passeando de carro, fazendo compras e em caminhadas. Em várias ocasiões ela teria acenado e sorrido para os vizinhos.