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Crise na África ocidental

Vizinhos do Níger farão nova cúpula após militares ignorarem ultimato para deixar o poder

Apoiador da junta militar, pintado com as cores das bandeiras do Níger e da Rússia, durante manifestação nesta segunda-feira (7) na capital Niamey (Foto: EFE/EPA/ISSIFOU DJIBO)

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A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) informou, em comunicado divulgado nesta segunda-feira (7), que organizará na próxima quinta-feira (10) uma nova cúpula extraordinária sobre o Níger com os chefes de Estado do bloco.

Na noite de domingo (6) para segunda, expirou o prazo dado pela Cedeao para que os líderes golpistas nigerinos deixassem o poder e para a volta ao cargo do presidente Mohamed Bazoum, deposto por um golpe militar em 26 de julho. Uma intervenção militar é cogitada pelo bloco.

“Os líderes da Cedeao avaliarão e dialogarão sobre a situação política e os desenvolvimentos recentes no Níger”, disse o bloco no comunicado divulgado nesta segunda-feira.

O encontro, que será realizado em Abuja, capital da Nigéria e sede da organização, foi convocado pelo presidente nigeriano e atual líder da Cedeao, Bola Tinubu.

Países do continente africano e até os membros da própria Cedeao se dividem sobre a possiblidade de uma intervenção militar no Níger. Os governos da Nigéria, do Benin, da Costa do Marfim e do Senegal confirmaram claramente a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino.

No outro extremo, Mali e Burkina Faso, países próximos à Rússia e governados por juntas militares, se opõem ao uso da força e afirmam que qualquer intervenção no Níger equivaleria também a uma declaração de guerra contra eles. Guiné-Conacri, Argélia e Chade também se opuseram à intervenção.

Os líderes golpistas fecharam o espaço aéreo do Níger e prometeram resposta caso realmente haja uma intervenção militar no país.

“As forças armadas do Níger e todas as nossas forças de defesa e segurança, apoiadas pelo apoio inabalável do nosso povo, estão prontas para defender a integridade do nosso território”, disse um representante da junta militar, em um comunicado na televisão. (Com Agência EFE)

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