Um comitê de intelectuais chineses anunciou nesta terça-feira que dará ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o Confúcio da Paz, condecoração criada ano passado em resposta ao Prêmio Nobel concedido ao escritor e dissidente chinês Liu Xiaobo.

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Segundo o comitê, Putin mereceu o prêmio por sua "sua posição pacífica contra o bombardeio na Líbia", destacou o semanário "China Newsweek".

A notícia foi surpreendente, já que em setembro o Ministério da Cultura chinês anunciou que o prêmio seria cancelado pois seus organizadores não tinham autorização para promovê-lo.

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Para driblar a restrição, os criadores do Confúcio da Paz registraram o prêmio em Hong Kong.

O comitê, formado por 16 acadêmicos de vários centros de estudo chineses, elegeu Putin entre oito candidatos, como por exemplo a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o ex-secretário da ONU Kofi Annan.

A primeira edição do Prêmio Confúcio, anunciado em 2010, foi dado ao ex-líder taiuanês Lien Chan, que não quis comparecer à cerimônia de entrega.

Um de seus organizadores, o professor Yang Disheng, disse no mês passado à Agência Efe que o prêmio foi criado em protesto pela concessão do Nobel ao dissidente Liu Xiaobo, mas que ao mesmo tempo nasceu "para mostrar que a China tem outro conceito de paz". A cerimônia de entrega acontecerá em 9 de dezembro, exatamente um dia antes da premiação do Nobel da Paz.