Como ajudar
Entidades que estão recebendo doações para o Haiti:
Ação Social do ParanáCEF / Ag. 1633 C/C 207-0 / CNPJ. 76.712.918/0001-25
Missionários Redentoristas do ParanáCEF / Ag. 0997 / cc. 665-0
Banco do BrasilBB / Ag. 1606-3 /cc. 91.000-7
ONG Viva RioBB / Ag. 1769-8 / cc. 5113-6
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)Bradesco / Ag. 0606 / cc. 70.000-2CEF / Ag. 1041 / cc. 1132-1BB / Ag. 3475-4 / cc. 23.969-0
SOS Haiti - Embaixada no BrasilBB / ag. 1606-3 / cc. 91.000-7
Comitê Internacional da Cruz VermelhaHSBC / ag. 1276 / cc. 14526-84 / CNPJ 04359688/0001-51.
A Cruz Vermelha também está aceitando a doação de donativos, como água mineral, gêneros alimentícios não perecíveis e materiais de primeiros socorros como algodão, ataduras, esparadrapo, gaze, talas, soro fisiológico, luvas e máscaras descartáveis. No Paraná é possível fazer as doações no endereço da filial da entidade em Curitiba. Rua Vicente Machado, 1.310, Centro. Telefone (41) 3016-6622 e 3017-5260.
Fonte: da Redação
Brasileiros que desejem auxiliar os haitianos afetados pelo terremoto precisam ter o perfil certo para isso. Caso contrário, podem atrapalhar ao invés de ajudar.
"Quem quer ir trabalhar como voluntário tem de estar muito bem preparado, e não apenas ter boa vontade. Precisa ter capacidade para fazer coisas específicas. Voluntários despreparados acabam virando mais um problema. Ao invés de ajudar serão mais um para dar de comer e que precisará ser carregado", afirma o geólogo Renato Eugênio de Lima, coordenador do Centro de Apoio Científico em Desastres da UFPR.
É preciso ter boas condições de saúde. Quem toma remédios controlados deve levá-los. "Pelos contatos que fiz com pessoas que estão no Haiti, os voluntários que forem para lá terão certas limitações. Locais para dormir e para tomar banho não vão ser normais", explica Lima.
Embarcar rumo a um ambiente desconhecido e agravado por uma catástrofe exige cautela dos voluntários. O convívio intenso com a morte e a destruição pode ser um desafio maior que o resgate e a entrega de alimentos para os haitianos. Para a psicóloga Maria Otávia de Almeida, coordenadora da comissão de psicologia ambiental do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, o participante da missão precisa estar ciente dos riscos emocionais envolvidos. "Quem não tem experiência em situações de risco não pode prever quais serão suas reações diante de tamanho impacto. O voluntário pode ficar paralisado, ou entrar em um estado de compulsão e desequilíbrio", alerta.
A psicóloga alerta para uma armadilha: "Pessoas que se definem como fortes são as que mais preocupam, pois já vão com ideias pré-concebidas sobre o que vão enfrentar".
Na reserva
De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 500 profissionais de saúde se colocaram à disposição para ajudar no Haiti. Desde segunda-feira (18), o ministério disponibilizou o e-mail missaodeajudahaiti@saude.gov.br para quem tem interesse em se cadastrar. Os candidatos ficarão em um cadastro de reserva.
A Associação Médica Brasileira adotou um sistema parecido. Os médicos que tiverem interesse em auxiliar as vítimas do terremoto podem inscrever-se pelo site www.amb.org.br ou entrar em contato pelo e-mail ambhaiti@amb.org.br.
No Paraná, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil mantém um cadastro permanente de voluntários para atuar em situações de emergência, que atualmente conta com 1,5 mil inscritos. Caso o governo federal solicite ao Paraná o envio de pessoas para o Haiti, o banco de voluntários poderá ser acionado.
"Neste primeiro momento, estamos selecionando pessoas que tenham capacitação técnica em trabalhos de resgate. A Secretaria Nacional de Defesa Civil nos pediu também que cadastrássemos profissionais das áreas de saúde e de engenharia", relata o major Osni Bortolini, chefe da divisão de Defesa Civil do Paraná. As inscrições devem ser feitas exclusivamente no site do órgão (www.defesacivil.pr.gov.br).
Para auxiliar as forças de segurança, um grupo de 200 policiais militares do Paraná foi pré-selecionado e está pronto para embarcar rumo ao Haiti assim que for necessário.
Apesar de não haver data para o envio, a notícia ganhou eco nos quartéis e foi recebida com entusiasmo pelos oficiais e soldados. No 2º Grupamento de Bombeiros, em Ponta Grossa, foram cadastrados os que têm o passaporte em dia e possuem habilidades médicas. "Aqui, pelo menos 80% do efetivo é voluntário", calcula o sargento Lenon Messias. O Grupamento em Ponta Grossa e região abrange cerca de 600 homens. Segundo Lenon, até civis já se apresentaram como voluntários. "Várias pessoas ligaram para saber o procedimento, mesmo sem estar inteiradas das condições", conta.
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