Operários, voluntários e militares terão nesta quinta-feira mais um dia de combate à mancha de petróleo que ameaça a costa sul dos EUA, enquanto surgem questionamentos à prática das autoridades de isentarem alguns projetos petrolíferos de apresentarem relatórios de impacto ambiental, como foi o caso do poço da BP que está jorrando petróleo no Golfo do México.
Políticos continuam pressionando a empresa britânica a limitar os prejuízos ambientais e econômicos do acidente. A empresa de perfuração Transocean disse que o Departamento de Justiça dos EUA lhe pediu para preservar todos os registros relativos à perfuração do poço e à explosão que provocou o naufrágio da plataforma de exploração que havia no local do acidente, há duas semanas.
Na quarta-feira, a BP começou a transportar um enorme equipamento metálico que irá canalizar parte do petróleo que sai do poço para um navio na superfície. O equipamento levará cerca de 12 horas para chegar ao local do acidente, na costa da Louisiana. Depois de instalado, ele deve começar a recolher o petróleo na segunda-feira, segundo Doug Suttles, diretor de operações da BP.
Ele alertou, no entanto, que não há garantias de que a peça de 98 toneladas irá funcionar a mais de 1,5 quilômetro de profundidade.
Os ventos mantêm a mancha afastada da costa, praticamente parada. "Se você olhar a nossa trajetória para as próximas 72 horas, ela não mostra muito movimento a partir de onde está agora", disse o meteorologista Charlie Henry, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.
O bom tempo permitiu também uma série de "queimas controladas" do material na quarta-feira, algo que não havia sido tentado desde o acidente de 28 de abril, que deixou 11 desaparecidos.
Também na quarta-feira, cresceram os questionamentos à decisão do Serviço de Gestão Mineral de isentar a BP de apresentar um detalhado relatório de impacto ambiental para o malfadado projeto, já que as autoridades entenderam que havia poucos riscos envolvidos. Membros do governo dizem que esse tipo de isenção está sendo revisto.
O Departamento do Interior disse que o Serviço de Gestão Mineral dispensou a BP do relatório porque já havia realizado avaliações detalhadas na região anteriormente.
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