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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após reunião em Kiev, no final de fevereiro
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, após reunião em Kiev, no final de fevereiro| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta terça-feira (11) na Conferência para a Reconstrução da Ucrânia, em Berlim, que Kiev cumpriu todos os requisitos necessários para abrir negociações de adesão com a União Europeia (UE).

"A Ucrânia cumpriu todas as medidas que solicitamos. É por isso que acreditamos que a UE deve iniciar as negociações de adesão com o país no final deste mês", disse Von der Leyen.

No entanto, na sexta-feira passada, a Hungria exigiu que a Ucrânia "restaurasse" os direitos da minoria magiar - grupo étnico que vive no país - como condição para dar sua aprovação ao início das negociações de adesão à UE.

Dessa forma, Budapeste continua a opor-se às negociações com a Ucrânia e a Moldávia a partir de 25 de junho, como pretende a grande maioria dos países do bloco europeu.

Dirigindo-se ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Von der Leyen afirmou que esta é a primeira conferência para a reconstrução da Ucrânia a ser realizada em um país-membro da UE, depois das duas anteriores terem sido realizadas na Suíça e no Reino Unido.

"E é aqui que seu país pertence. Kharkiv é a Europa. A Ucrânia é a Europa. E a nossa União é a sua casa", disse.

Durante seu discurso, a presidente da Comissão enumerou os mecanismos de ajuda material e financeira criados para enfrentar os contínuos ataques russos.

Entre eles, citou os 500 milhões de euros arrecadados para fazer frente a reparações urgentes na rede energética gravemente afetada, bem como um pacote de 1.000 geradores elétricos e quase 8.000 painéis solares.

Além disso, anunciou que antes do final do mês Kiev receberá 1,9 bilhão de euros do Fundo para Ucrânia, de 50 bilhões – dos quais 6 bilhões já foram entregues –, graças às reformas e estratégias de investimento recentemente aprovadas no país.

No âmbito da conferência de Berlim, segundo Von der Leyen, também serão assinados acordos no valor de 1,4 bilhão de euros com bancos europeus para atrair investimentos do setor privado para a Ucrânia.

Os bancos também poderão solicitar, através de um projeto-piloto, apoio financeiro europeu para investir em fundos de capital ativos na Ucrânia, para que estejam segurados contra alguns riscos.

“O nosso objetivo é melhorar o acesso ao financiamento para as empresas ucranianas. Especialmente para as pequenas e médias startups que podem ajudar a modernizar a economia ucraniana”, disse Von der Leyen, citando áreas como a digitalização, energias renováveis ​​e matérias-primas essenciais.

“No final desta semana, na cúpula do G7, continuaremos a discutir como a Ucrânia pode se beneficiar mais rapidamente dos rendimentos dos fundos russos congelados”, destacou.

A presidente da Comissão lembrou que no próximo mês estarão disponíveis 1,5 bilhão de euros provenientes dos benefícios produzidos pelos fundos russos congelados na UE, dos quais 90% irão para a defesa da Ucrânia e 10% para a reconstrução.

“Putin deve falhar. A Ucrânia deve prevalecer. E devemos ajudar a Ucrânia a emergir das suas cinzas e ser dona do seu próprio futuro", concluiu Von der Leyen.

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