Militares realizam buscas num avião C130, da Força Aérea da Cingapura, sobrevoando o Mar da China Meridional| Foto: Thong Kah Hoong Dennis/Reuters

Terror

O desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines não parece ter sido causado por uma ação terrorista, afirmou o secretário-geral da Interpol (polícia internacional). "Quanto mais informações nós temos, mais ficamos inclinados a concluir que não é um incidente terrorista", afirmou Ronald K. Noble.

CARREGANDO :)

239 pessoas estavam a bordo do voo MH370, que perdeu contato cerca de uma hora após levantar voo de Kuala Lumpur na madrugada de sábado (pelo horário local), rumo a Pequim. O último contato foi feito quando o Boeing sobrevoava o golfo da Tailândia, entre Vietnã e Malásia. A maioria dos passageiros era de chineses.

Piloto

A área em que o Boeing 777 da Malaysia Airlines desapareceu, entre a Malásia e a China, é uma movimentada rota de aviões comerciais, afirma Rafael Santos, de 51 anos, comandante da Korean Air que voa habitualmente na região.

Publicidade

Celulares

Especialista explica por que parentes ouvem os telefones chamarem

Folhapress

Alguns parentes de passageiros do Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido desde sábado, afirmaram que ligações feitas aos familiares chegaram a chamar, indicando que os celulares estavam ligados e com bateria. No entanto, as ligações não foram atendidas. Segundo reportagem do site China.org.cn, 19 famílias assinaram um comunicado afirmando que ligações para seus familiares chamaram. Os episódios deram esperança aos parentes que pediram às autoridades que rastreassem os aparelhos de celular.

Automaticamente

Um especialista ouvido pela rede americana NBC disse, porém, que ouvir as chamadas não significa necessariamente que o celular do receptor esteja tocando. Jeff Kagan explica que alguns telefones começam o som de chamada automaticamente quando o botão "ligar" é acionado. Na verdade, a rede ainda está buscando o aparelho e, caso encontrado, o celular do receptor começa a chamar realmente.

A Força Aérea da Malásia informou ontem que o Boeing 777 que desapareceu no último sábado (sexta-feira no Brasil) mudou radicalmente de rota pouco depois de ter feito o último contato com a torre de controle e de ter sumido dos radares civis.

O general Rodzali Daud disse a um jornal malaio que o avião, com 239 pessoas a bordo, foi detectado por um radar militar quando sobrevoava o estreito de Malaca, às 2h40 de sábado (15h40 de sexta no Brasil).

Agências de notícias e a rede de televisão CNN também disseram ter recebido a mesma informação de fontes anônimas da Força Aérea, que acrescentaram que o avião voava numa altitude baixa.

A informação não foi confirmada oficialmente.

Publicidade

O estreito de Malaca fica a oeste da Malásia – fora da rota normal do voo, que partira às 0h41 (13h41 em Brasília) de Kuala Lumpur com destino a Pequim, aonde deveria ter chegado seis horas depois.

Até então, a Malaysia Airlines vinha dizendo que o último sinal do avião fora recebido quando ele sobrevoava o golfo da Tailândia, entre a Malásia e o Vietnã. Os primeiros comunicados da empresa diziam que esse contato havia ocorrido às 2h40 locais, mas nas notas seguintes o horário foi alterado para 1h30.

Em nota, a companhia aérea disse que as autoridades investigam a possibilidade de que os pilotos tentavam retornar para o aeroporto de Subang, perto de Kuala Lumpur.

A empresa também disse não ter recebido mensagens do sistema de alertas automáticos de problemas no avião.

O chefe da polícia da Malásia, Khalid Abu Bakar, afirmou que as investigações se concentram em quatro áreas: "sequestro, sabotagem, problemas pessoais entre a tripulação e passageiros e problemas psicológicos entre a tripulação e os passageiros".

Publicidade

"Pode haver alguém no voo que comprou enormes somas em seguro e quer que a família se beneficie", exemplificou.

Até a conclusão desta edição, não havia indícios do paradeiro do avião.