O voo de um bombardeiro B-52, com capacidade para transportar armas nucleares, colocou em perigo os planos para reuniões entre famílias norte e sul-coreanas, além de gerar o risco de uma escalada militar, disse a Coreia do Norte na quinta-feira (6).

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A Coreia do Norte disse que o B-52 norte-americano decolou na quarta-feira (5) da costa oeste da península da Coreia.

Uma porta-voz militar dos EUA disse que não discutiria detalhes de missões específicas, e acrescentou que "o Comando do Pacífico dos EUA mantém há mais de uma década uma estratégia de presença de bombardeiros em rodízio na região".

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Uma fonte militar sul-coreana disse que o voo servia para treinamento, e que apenas uma aeronave foi envolvida.

Em nota lida na TV estatal norte-coreana, a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte disse se tratar do ensaio de um ataque nuclear.

"Num momento em que foi feito um acordo sobre a reunião de famílias e parentes separados, em Panmunjom (localidade norte-coreana na fronteira), a formação dos bombardeiros estratégicos norte-americanos B-52 vindos de Guam foi a realização de práticas de um ataque nuclear o dia inteiro no mar ocidental da Coreia, tendo-nos como alvo", disse um porta-voz da comissão.

Numa rara medida de estímulo à confiança mútua, as duas Coreias concordaram na quarta-feira em permitir que famílias divididas pela Guerra da Coreia (1950-53) se reúnam durante cinco dias no final de fevereiro, algo inédito desde 2010.