Neve atrapalha a rotina dos nova-iorquinos e a prefeitura não consegue dar conta da limpeza| Foto: Andrew Burton/AFP

férias frustradas

14 cancelamentos para o Brasil

As condições meteorológicas continuaram a afetar os voos entre Brasil e Nova York ontem. Desde o fechamento dos três maiores terminais aéreos de Nova York até a tarde de ontem, foram cancelados pelo menos 14 voos que fariam o percurso. Destes, sete voos da TAM, quatro da American Airlines, um da Continental Airlines e dois da Delta Airlines.

Apesar de os voos estarem aos poucos sendo retomados, a Continental, a TAM e a Delta Airlines – companhias aéreas que fazem a rota – tiveram quatro voos que partiriam do Brasil aos EUA cancelados ontem.

De acordo com a Continental, seu voo que partiria de Guarulhos na segunda para o aeroporto de Newark foi cancelado porque um voo que estava atrasado saiu no lugar do que deveria partir.

A assessoria da Delta não informou quantos voos entre Brasil e EUA foram cancelados. Segundo a Infraero, ontem foram dois da companhia.

Todas as outras partidas para os EUA estavam previstas.

A TAM informou ainda três voos extras para ajudar a desafogar a fila de espera de passageiros nos EUA e no Brasil.

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Nova York - Os aeroportos de Nova York e de outras partes da Costa Leste dos EUA voltaram a funcionar após as nevascas que ilharam turistas e moradores, mas, com tantos voos atrasados após ficarem quase dois dias sem operar, a situação deve continuar caótica ao me­­nos até o ano-novo.

Mais de 4.500 voos foram cancelados na região (e 7.000 em todo o país) desde o início da ne­­ve, no domingo. Apesar da promessa dos aeroportos de operar mais rápido que o normal, eles funcionaram ontem com capacidade reduzida, devido à neve, e a demanda é muito grande.

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A situação é agravada pelo fa­­to de os aviões andarem mais lo­­tados que a média pelas festas de fim de ano.

Mesmo que os primeiros aviões tenham começado a decolar de Nova York na noite de segunda, a situação ontem para quem ainda esperava voo não parecia muito diferente das horas em que a sexta pior nevasca da história da cidade impedia o funcionamento dos aeroportos.

Em Boston e na Filadélfia, a situação não era diferente, com os aeroportos tentando compensar o tempo perdido.

No JFK, o principal aeroporto de Nova York, as pessoas continuavam deitadas no chão, tentando descansar das longas ho­­ras de espera. Havia muito lixo pela parte da manhã, e banheiros femininos não contavam mais com papel higiênico.

A médica Rosangela Freire e sua filha, a estudante de Me­­di­­cina Heloisa Marconato, de Echa­­­­porã (SP), estão no JFK desde às 5h30 de ontem, esperando para voltar para São Paulo.

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A promessa da Copa Airlines era a de que elas e os demais passageiros sairiam às 4h30 de on­­tem. Mas, após quatro cancelamentos, às 10 horas foram avisadas de que teriam de passar mais um dia inteiro no aeroporto, sem ajuda de custo e sem informações da em­­presa aérea.

Mas não era só quem pretendia sair de Nova York que sofria com os transtornos. Houve ao menos quatro casos de aviões que pousaram no JFK e cujos passageiros não puderam desembarcar por pelo menos cinco ho­­ras. No pior caso, um avião lotado permaneceu por 11 horas na pista.

Falta energia e lixo se acumula em Nova York

Mais de 24 horas após o fim da neve e mesmo com a volta do sol, Nova York continuava ontem a en­­frentar problemas: casas sem energia, ruas intransitáveis e lixo acumulado.

Pela manhã, havia ao menos 8 mil residências em Nova York sem luz, número similar ao de Nova Jersey.

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O cenário era ainda mais grave em Massachusetts, em que 60 mil clientes estavam sem energia, interrompida pelos fortes ventos e pelas árvores caídas que cortaram as linhas de transmissão.