A votação no Conselho de Segurança da ONU da resolução sobre a Síria foi adiada para esta quinta-feira (19), declarou o embaixador russo nas Nações Unidas, Vitali Tchourkine.
O embaixador chinês Li Baodong informou ainda que as discussões prosseguirão nesta quarta com o objetivo de obter um acordo. Na terça-feira (17), Ban Ki-moon e Kofi Annan conversaram com autoridades russas e chinesas para pedir consenso entre os países com poder de veto sobre a resolução.
Proposta por Reino Unido, EUA, França e Alemanha, a resolução estenderia a atual missão de observadores não armados da ONU por 45 dias (ela expira no próximo dia 20). Coloca ainda o atual plano de paz de Annan, enviado especial da ONU para a Síria, sob o capítulo 2 da Carta da ONU, que permite ao Conselho de Segurança autorizar ações que vão de sanções econômicas e diplomáticas à intervenção militar no país.
A resolução também estabelece que a Síria vai ser submetida a sanções se não retirar suas tropas e armas pesadas das principais cidades em até dez dias a partir da adoção do texto.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse na segunda-feira que a Rússia vai bloquear a resolução, justamente pela ameaça de sanções. O país quer que a missão de observadores da ONU seja estendida e tenha suas competências ampliadas, mas rechaça qualquer sanção ao regime sírio. Essa postura é compartilhada com a China.
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