Milhões de sul-coreanos elegem o prefeito de Seul na quarta-feira em uma votação importante, vista como um barômetro do apoio para os principais partidos e candidatos presidenciais nas eleições do próximo ano.
Os dois principais partidos sul-coreanos se envolveram em brigas internas e viram o apoio cair este ano, tendo que centralizar todos os recursos em ganhar a disputa pela posição prestigiosa de prefeito de Seul como parte dos esforços de reconstruir a própria imagem.
"Com as questões focadas no governo central, como as eleições parlamentares e presidenciais, (a eleição) dará um bom prognóstico para as próximas eleições", disse Lee Nam-young da Universidade Sejong, em Seul.
No ano que vem a quarta maior economia da Ásia realizará eleições parlamentares e presidenciais no mesmo ano, a primeira vez que isso acontece em duas décadas. As votações devem ser realizadas em abril e dezembro, respectivamente.
Pesquisas de opinião mostram o Grande Partido Nacional (GNP, na sigla em inglês) e a oposição empatados, tanto em nível nacional quanto na disputa para a prefeitura de Seul, um cargo mantido pelos conservadores na última década.
Na disputa por Seul, Park Geun-hye, do GNP, emergiu da autoimposta hibernação política para apoiar o candidato governista Na Kyung-won.
Park, de 59 anos, foi criticada por membros do partido por ficar à margem durante as eleições suplementares no início do ano, quando o GNP sofreu pesada derrota.
Filha do ex-ditador Park Chung-hee, ela é a favorita para obter a presidência no próximo ano, mas sua posição nas pesquisas de opinião foi balançada no mês passado pelo professor universitário Ahn Cheol-soo. Ahn assombrou o GNP e a oposição quando pesquisas de opinião mostraram-no como a opção preferida para a presidência.
Ahn se retirou da disputa pela prefeitura de Seul, mas apoia outro candidato independente, o advogado e ativista Park Won-soon, que representa uma ampla aliança de partidos de oposição de esquerda.
O principal cargo na cidade de 10 milhões de pessoas, ou um quinto da população da Coreia do Sul, é um dos postos de maior importância política. Dois incumbentes viraram chefe de Estado, inclusive Lee Myung-bak.