Milhares de indonésios que haviam arriscado uma volta a suas casas nas imediações do Monte Merapi fugiram em pânico depois que o vulcão voltou a expelir nuvens de cinzas neste domingo (31). Enquanto isso, equipes de resgate retomaram os trabalhos de assistência às vítimas do tsunami que atingiu o país durante a semana. O número de mortos nas duas catástrofes subiu para quase 500, depois que dezenas de corpos foram encontrados nas ilhas Mentawai, que foram devastadas pelo tsunami.
Quando as sirenes de emergência soaram nas imediações do Monte Merapi, várias pessoas desceram em pânico dos morros ou fugiram em carros e caminhões, enquanto outras pularam em rios para se proteger, segundo uma autoridade indonésia. Não houve relatos imediatos de novas vítimas após a mais recente erupção, que durou 46 minutos e lançou enormes nuvens de cinzas sobre os morros do sul e do leste, que são menos populosos. O vulcão entrou em erupção na terça-feira (26).
Autoridades estão frustradas porque muitas das mais de 53 mil pessoas evacuadas desde terça-feira continuam voltando para suas casas durante o dia, ignorando os alertas de perigo. Mais de 2 mil soldados tiveram que ser acionados no sábado para forçar homens, mulheres e crianças a deixarem o local.
O aeroporto na cidade de Solo, 40 quilômetros a leste de Merapi, foi obrigado a fechar por pelo menos uma hora, por causa de poeira vulcânica que caía do céu como chuva, disse Bambang Ervan um porta-voz do Ministério dos Transportes. No último século, mais de 1.400 pessoas foram mortas pelo Merapi, um dos vulcões mais ativos do mundo.
Mais de 1.300 quilômetros a oeste, a melhora do tempo permitiu que barcos e helicópteros com equipes de socorro chegassem às partes mais distantes das ilhas Mentawai, onde algumas comunidades costeiras foram atingidas por ondas de até seis metros de altura na segunda-feira. No domingo, o número de mortos pelo tsunami subiu para 449, com a descoberta de mais dezenas de corpos.
Um helicóptero militar evacuou sobreviventes com ferimentos mais graves, que estavam em um hospital lotado e tinham apenas paracetamol à disposição para aliviar as dores, disse Ade Edward um dos coordenadores dos trabalhos de socorro. Um avião de transporte de carga C-130, seis helicópteros e quatro barcos estavam levando alimentos e artigos de emergência para as vítimas no domingo, segundo Edward.
Os trabalhos de socorro tinham sido interrompidos completamente no sábado, devido a tempestades e o mar revolto na região. As informações são da Associated Press.
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