Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner, a principal força de assalto da Rússia nos combates pela cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, admitiu nesta segunda-feira (6) que as tropas de Kiev defenderão a cidade sitiada “até o fim”.
“Eles vão lutar por Artiomovsk [nome russo para Bakhmut, localizada no oblast de Donetsk] até o fim, isso é evidente”, disse Prigozhin, segundo seu serviço de imprensa.
O líder do grupo mercenário acrescentou que os combatentes do Wagner também devem fazer o seu trabalho até o fim. Mas para isso, segundo declarou, precisam de mais ajuda do comando militar russo.
“Para que as forças armadas ucranianas desbloqueiem Artiomovsk, primeiro precisam bloquear o Wagner”, declarou Prigozhin, ressaltando ainda que estava “batendo em todas as portas” para receber reforços e munição.
Prigozhin destacou que, se a ajuda chegar e todos puderem fazer seu trabalho, serão os russos que bloquearão os ucranianos e não o contrário.
As declarações do chefe do grupo Wagner são divulgadas depois que os comandantes das tropas ucranianas decidiram continuar a operação defensiva em Bakhmut.
Esta opinião foi expressada tanto pelo comandante do Exército Terrestre da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, quanto pelo comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny.
Nesta segunda-feira, em declarações publicadas pelo site da CNN, o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak disse que a defesa que Kiev fez de Bakhmut “atingiu seus objetivos em 1.000%” e foi “um grande sucesso estratégico”, ao impor perdas aos invasores russos e dar tempo para reforçar as tropas ucranianas.
“Os militares implementaram esse plano para destruir o principal agrupamento pronto para o combate do inimigo, por um lado, e permitir o treinamento de dezenas de milhares de soldados ucranianos para se preparar para uma contraofensiva, por outro”, justificou Podolyak.
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