A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e seu colega turco Ahmet Davutoglu manifestaram o seu temor de que a Síria se torne um santuário para "terroristas do PKK ou da Al-Qaeda", com Hillary considerando que as "ligações entre o Hezbollah, o Irã e a Síria prolongam o regime de Damasco".
Após um encontro com o ministro das Relações Exteriores turco, Hillary também se comprometeu a "acelerar o fim do banho de sangue e do regime Assad" na Síria, durante uma entrevista coletiva à imprensa em Istambul.
"A Síria não deve se tornar um santuário para os terroristas do PKK", disse ela, referindo-se ao movimento armado curdo que combate o governo da Turquia, aliado de Washington.
Ela disse também que "compartilha as preocupações" da Turquia em relação a este assunto, considerando que a Síria não pode se tornar um santuário para os rebeldes curdos, "seja agora ou após a queda do regime" do presidente Bashar al-Assad.
Hillary acrescentou que os Estados Unidos temem que "terroristas do PKK, da Al-Qaeda ou de outros tirem proveito da luta legítima do povo sírio pela liberdade para promover suas próprias agendas".
A chefe da diplomacia americana também justificou as sanções contra o grupo xiita libanês Hezbollah decididas na véspera por Washington.
"Seguimos aumentando a pressão externa. Anunciamos ontem em Washington sanções destinadas a expor e a romper os vínculos entre Irã, Hezbollah e Síria, que prolongam a vida do regime de Assad", declarou Hillary.
Por fim, a secretária de Estado afirmou ter abordado planos operacionais com a parte turca com o objetivo de "acelerar o fim do banho de sangue e do regime Assad."
"Este é o nosso objetivo estratégico", acrescentou.
O ministro Davutoglu, cujo país combate o PKK desde 1984, considerou que "não há lugar para um vazio de poder na Síria" que possa beneficiar os rebeldes do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, e destacou que a transição na Síria deve se desenvolver no prazo mais breve possível.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou recentemente o regime de Damasco, com o qual Ancara rompeu, de ter deixado várias áreas do norte da Síria com o PKK e alertou que a Turquia poderá exercer o seu direito de perseguir os rebeldes além de suas fronteiras.
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