Os Estados Unidos e a Rússia destacaram nesta terça-feira, em Washington, sua vontade de chegar a um acordo para reduzir suas armas estratégicas ao menor nível possível.

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Ambos os governos pretendem chegar o mais rápido a um acordo que substitua o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start), informaram as duas máximas autoridades de Relações Exteriores desses países, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, em comunicado comum divulgado em Washington.

"Os Estados Unidos e a Rússia reiteram sua intenção de levar adiante reduções de suas armas estratégicas no menor nível possível e adequá-las às suas exigências de segurança e compromissos de aliança", segundo a nota.

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"Para este fim, os ministros discutiram o desenvolvimento de um acordo pós-Start para lhe dar continuidade e torná-lo previsível em relação às forças ofensivas estratégicas", acrescentou o texto.

Essa nota foi divulgada no dia seguinte ao encontro, em Kennenbunkport (Maine), entre os presidentes George W. Bush e Vladimir Putin e no momento em que as relações bilaterais estão em seu nível mais deteriorado desde o fim da Guerra Fria. O atrito é motivado em grande parte pelas discordâncias em questões estratégicas e de defesa.

Rice e Lavrov garantiram que pretendem continuar as conversações, visando a resultados rápidos no tocante à diminuição de seus arsenais nucleares. O Start (sigla em inglês) expira em 2009 e pode levar a uma redução e limitação das armas ofensivas estratégicas e ao mais amplo controle da história nesse terreno.

Sobre a reunião em Washington, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Kislyak, avaliou que "é muito cedo para anunciar números, porque não chegamos a um acordo sobre isso".

"Não significa que, necessariamente, seja preciso continuar com o tratado como está hoje, porque muitas das coisas que se sustentavam no tratado já foram completadas", acrescentou, comentando que espera "progressos pelo menos em um entendimento básico, em algum momento nos próximos meses".

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Rice e Lavrov também enfatizaram "a importância de construir confiança e transparência e de continuar com o diálogo", revelou o enviado especial dos Estados Unidos para a Não-Proliferação, Robert Joseph.

Em nota conjunta divulgada hoje, os presidentes Bush e Putin disseram que estão determinados a desempenhar um papel "ativo" no uso pacífico da energia nuclear, em particular nos países em desenvolvimento, "apenas se se alcançar o objetivo comum de prevenção da proliferação de armas nucleares".

"Pretendemos, juntos e com outros, iniciar um novo formato para aumentar a cooperação", ressaltaram, citando o acordo bilateral firmado entre seus ministros.

"Compartilhamos a visão de que este acordo fornecerá uma base essencial para a expansão da cooperação no campo do uso pacífico da energia nuclear e esperamos que este documento seja firmado e posto em vigor em concordância com as exigências das leis existentes", disseram.

Ambos os presidentes também concordaram que qualquer expansão da energia nuclear "deve ser conduzida de forma que fortaleça o regime de não-proliferação em meio às preocupações sobre o desafio do Irã em perseguir atividades nucleares conflituosas".

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Bush comentou que, em suas conversas com Putin, os dois concordaram na necessidade de dirigir "uma mensagem comum" ao Irã sobre este tema. O presidente americano não revelou, porém, se conseguiu angariar o colega russo à idéia de sanções internacionais mais fortes, devido à recusa do governo iraniano de suspender suas atividades nucleares mais sensíveis.