Washington - Os Estados Unidos suspenderão as preferências comerciais que concedem à Bolívia porque o país andino não "melhorou suas políticas de combate às drogas", disse ontem a secretária americana de Estado, Condoleezza Rice.

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"Em várias oportunidades", durante os últimos dois anos, "desde que o presidente Evo Morales assumiu o cargo, os EUA pediram a ele que a Bolívia melhorasse suas políticas de luta contra as drogas, mas sem resultados", acrescentou Rice.

"Infelizmente, teremos que separar a Bolívia desses benefícios", disse Rice em coletiva de imprensa. Ela fez o anúncio em Puerto Vallarta, no México, após uma reunião com sua congênere mexicana, Patricia Espinosa. Ela foi ao balneário discutir com Patricia Espinosa a luta contra o tráfico de drogas no México.

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O anúncio de Rice ocorreu no mesmo dia em que uma delegação boliviana está em Washington, no escritório central do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) para uma audiência na qual tentaria demonstrar que a suspensão seria "injusta", como havia dito o ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Arce, chefe da delegação.

Arce encontrou-se antes com o senador republicano Dick Lugar, que defendeu a continuação das preferências comerciais à Bolívia.

Momento

Segundo Lugar, não é o momento certo para os EUA suspenderem os benefícios. A continuação da assistência, ele disse, seria importante após Evo ter feito progressos em chegar a um compromisso com a oposição na questão constitucional. "No momento em que a Bolívia se encontra à beira de uma nova era, com nova Constituição, a assistência americana deveria continuar como um esforço para ajudar a Bolívia, não ser um impedimento ao seu progresso", disse.

O governo boliviano afirma que o fim das preferências comerciais, concedidas também a outros países andinos, provocará a demissão de 30 mil trabalhadores bolivianos. Além disto, afirma que exportações de produtos bolivianos no valor de US$ 300 milhões ficarão sem mercado.

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