Autoridades norte-americanas expediram uma intimação para demandar detalhes sobre a conta do WikiLeaks no Twitter, informou o grupo fundado por Julian Assange neste sábado (8), acrescentando que suspeita ainda que outras companhias de internet também estejam sendo obrigadas a entregar informações sobre suas atividades.
Em comunicado, o WikiLeaks informou que investigadores norte-americanos estiveram na sede do Twitter, em São Francisco, para exigir mensagens privadas diretas, informações de contatos e outros detalhes pessoais de Assange e de outros associados e simpatizantes do portal, incluindo um analista do serviço de inteligência do Exército dos EUA, suspeito de ter feito a entrega de dados sigilosos ao site e também de uma parlamentar islandesa de alto escalão.
O WikiLeaks criticou a decisão do tribunal, dizendo que está sendo vítima de assédio. "Se o governo iraniano tentar obter de maneira coercitiva esta informação de jornalistas e ativistas de países estrangeiros, grupos de direitos humanos em todo o mundo iriam se opor", comentou Assange, em comunicado.
Uma cópia da ordem judicial, datada de 14 de dezembro e revelada pelo site Salon.com, afirma que a informação solicitada é "relevante para uma investigação criminal em curso e ordena que o Twitter não divulgue a existência da ordem para Assange ou qualquer um dos outros visados.
A intimação foi revelada graças a uma ação legal do Twitter, informou o WikiLeaks. O Twitter recusou-se a comentar essa afirmação, dizendo apenas que a sua política é a de notificar os seus usuários, sempre que possível, de pedidos de informação do governo.
O WikiLeaks também expressou sua suspeita de que outras organizações, como o Facebook e o Google, tenham recebido ordens judiciais, e os exortou a "revelar qualquer intimação recebida". Os escritórios do Google e do Facebook em Londres não retornaram imediatamente as chamadas da reportagem. As informações são da Associated Press.
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