A “crise” na Ucrânia “se prolonga” e é “difícil de resolver”, alegou o ditador da China, Xi Jinping, durante a reunião que teve nesta quinta-feira (6) em Pequim com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o presidente da França, Emmanuel Macron.
O ditador chinês descreveu a situação internacional como “complexa e mutável” e acrescentou que a recuperação da economia mundial após a pandemia é “insuficiente”, de acordo com informações da agência de notícias estatal Xinhua.
Já Macron disse nesta quinta-feira a Xi que uma paz na Ucrânia “deve respeitar o povo agredido, que é o povo ucraniano”.
Por sua vez, Von der Leyen enfatizou que a posição da China sobre a guerra na Ucrânia é “crucial” e que espera que o país asiático promova a paz “apoiando a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”.
“É a pedra angular. Saudamos alguns dos pontos que a China defendeu, como a oposição ao uso de armas nucleares. Esperamos que a China não ofereça à Rússia qualquer tipo de armamento militar, porque isso seria uma clara violação do direito internacional”, disse Von der Leyen em entrevista coletiva após reunião com Xi.
A presidente da Comissão Europeia apontou que Xi reiterou sua disposição de falar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, “quando as condições forem adequadas e seja o momento apropriado”.
Já fora do âmbito da guerra, o ditador chinês frisou a disposição do seu país de “revitalizar a cooperação mutuamente benéfica” e “retomar os intercâmbios em todos os níveis” com a UE, depois de quase três anos em que as fronteiras do país asiático permaneceram praticamente fechadas devido à política da Covid zero, agora desmantelada.
Nesse sentido, Xi comentou que Pequim e Bruxelas devem trabalhar para “superar os desafios” e “dar um novo impulso às suas relações” e à “paz, estabilidade e prosperidade globais”.
Já Von der Leyen descreveu a China e a União Europeia como “grandes parceiros comerciais”, embora tenha enfatizado a necessidade de “resolver os desequilíbrios”.
A presidente da Comissão Europeia afirmou que uma “dissociação” entre os dois territórios “não é uma estratégia da UE”, dado que as suas relações são “amplas e complexas”, embora tenha assegurado que vê “riscos que devem ser enfrentados”.
A viagem de Von der Leyen acontece apenas uma semana depois de seu discurso no Centro de Política Europeia (EPC) em Bruxelas, no qual analisou as aspirações da China de se tornar a primeira potência mundial, enumerou alguns dos atritos entre Bruxelas e Pequim e pediu que se mantenha “uma linha aberta de comunicação com a China”.
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