China e Rússia intensificarão “sem descanso” a coordenação estratégica e enfrentarão juntas as “ingerências externas e as ameaças à segurança regional”, afirmou nesta sexta-feira (4) o ditador do país asiático, Xi Jinping, durante reunião com o presidente russo, Vladimir Putin.
“Isso é algo que não mudou e não mudará. Respeitamos a soberania do outro, assim como seus interesses de segurança e desenvolvimento. Encararemos as ingerências exteriores e as ameaças à segurança nacional”, afirmou o presidente chinês, no primeiro encontro em dois anos com o líder da Rússia, ocorrido nesta sexta em Pequim.
A reunião aconteceu em meio às crescentes tensões dos dois países com os Estados Unidos.
Putin chegou à Pequim para acompanhar a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno e comemorou que as relações da Rússia com a China gozem de “uma proximidade sem precedentes”. O líder do Kremlin destacou que o gigante asiático é o parceiro estratégico “mais importante e um amigo próximo”.
Com a crise na Ucrânia e as tensões relacionadas a Taiwan, Xi Jinping foi enfático ao dizer que China e Rússia se comprometeram a “aprofundar sem descanso a coordenação estratégica” e a “defender a igualdade e a justiça internacional”.
Os dois países, além disso, emitiram um comunicado conjunto sobre a entrada das relações internacionais “em uma nova era”, em que são expostas “posições comuns” sobre democracia, ordem, desenvolvimento e segurança.
“Participamos ativamente na reforma e na construção do sistema de governança global, praticando o multilateralismo, salvaguardando o verdadeiro espírito da democracia. Exercemos um papel essencial na hora de unir a comunidade internacional para superar as dificuldades e preservar a justiça e a igualdade internacional”, afirmou Xi.
Putin, por sua vez, destacou que, desde a chegada de ambos ao poder na China e na Rússia, os respectivos governos se apoiam mutuamente “em todo tipo de matéria”, incluindo a política exterior e o desenvolvimento econômico. Além disso, que os laços entre os países são “um modelo do que devem ser as relações internacionais no século XXI”.
Segundo o presidente russo, o objetivo do aprofundamento das relações entre as nações visa “preservar os interesses em comum”, mas também “a segurança de todo o mundo”.
Putin acrescentou que os dois países devem, igualmente, apostar na cooperação em projetos de energia e que essa parceria deve aumentar com a distribuição de gás natural.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura