Políticos em todo o mundo se manifestaram nesta quinta-feira (30) lamentando a morte do ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger, falecido aos cem anos na sua casa em Connecticut, nos Estados Unidos.
O ditador chinês, Xi Jinping, expressou seu “profundo pesar” pela morte do ex-secretário de Estado, a quem descreveu como um “estrategista de categoria mundial” e “velho e bom amigo” do povo chinês, em uma mensagem de condolências enviadas ao presidente dos EUA, Joe Biden, informou a agência oficial Xinhua.
Xi afirmou que Kissinger foi um “visionário” que deu uma “contribuição histórica” para a normalização das relações entre China e EUA há meio século, o que “beneficiou ambos os países e mudou o mundo”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também afirmou que Kissinger foi um político visionário, de grande autoridade em todo o mundo.
“Morreu um diplomata muito destacado, um estadista sábio e visionário, que durante muitas décadas gozou de autoridade merecida em todo o mundo”, diz o telegrama que foi enviado à viúva do político americano e publicado pelo Kremlin.
O presidente da Câmara dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, chamou Kissinger de “uma das figuras mais importantes do século 20”.
“Kissinger foi um estadista que dedicou a sua vida a servir aos Estados Unidos e deve ser lembrado pelos seus esforços para garantir a paz global e a liberdade em outros países. Enviamos nosso respeito e orações à família Kissinger enquanto eles colocam para descansar um homem gigante”, escreveu no X.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, durante reunião em Tel Aviv com o atual secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que Kissinger “lançou a pedra angular do acordo de paz mais tarde assinado [pelo Estado judeu] com o Egito, e de tantos outros processos em todo o mundo que eu admiro”.
O próprio Blinken afirmou que Kissinger “estabeleceu o padrão para todos que o seguiram neste cargo” e se disse “muito privilegiado por receber seus conselhos muitas vezes, inclusive há cerca de um mês”.
O ex-presidente George W. Bush (2001-2009) disse que os Estados Unidos “perderam uma das suas vozes mais confiáveis e distintas” nas relações exteriores. O presidente francês, Emmanuel Macron, escreveu no X que “Henry Kissinger foi um gigante da história”.
Entretanto, o ex-secretário de Estado também foi alvo de críticas. A revista Rolling Stone, de linha editorial progressista, chamou o ex-secretário de Estado de “criminoso de guerra”.
Ben Rhodes, que foi conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca durante a presidência de Barack Obama (2009-2017), criticou Kissinger em um artigo no New York Times.
“Às vezes oportunista e reativa, sua política externa era apaixonada pelo exercício do poder e desprovida de preocupação com os seres humanos deixados no seu rastro”, escreveu Rhodes, que chamou Kissinger de “hipócrita”. (Com Agência EFE)
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