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Muçulmanos xiitas ao redor do mundo celebraram hoje o seu dia mais solene, com procissões nas quais homens batem no peito e às vezes se cortam com facas, lamentando a morte de Hussein, assassinado em 680 d.C. A comemoração da Ashura, neste ano, não foi pacífica. No Iraque, bombas mataram dois peregrinos xiitas, que se dirigiam a lugares santos para a seita. No Paquistão, país de maioria muçulmana sunita, 16 pessoas foram feridas, duas de maneira crítica, quando um agressor jogou uma bomba contra uma procissão.

No Líbano, onde os xiitas formam uma minoria de 28% da população o xeque Hassan Nasrallah, líder do grupo Hezbollah, fez um discurso para pedir a resistência armada contra o Estado de Israel. Nasrallah também pediu pela unidade entre islâmicos xiitas e sunitas. O Hezbollah promoveu passeatas de partidários pelas ruas da zona sul de Beirute, setor xiita da capital libanesa, e o discurso de Nasrallah foi exibido em telões.

A Ashura deste ano foi precedida por eventos sangrentos e pela tensão entre os sunitas e os xiitas, que formam os dois maiores ramos do Islã. Ontem, dois homens-bomba sunitas se explodiram perto de uma mesquita xiita no sudeste do Irã, matando pelo menos 39 pessoas. Os sunitas locais, do Sistão-Baluquistão, desejam separar a província do Irã.

Em 680 d.C., o imã Hussein, neto do profeta Maomé, foi morto em Kerbala, no Iraque central. Por isso, muitos xiitas se cortam com facas e espadas na Ashura, para lembrar o sofrimento de Hussein. A partir da morte de Hussein, os xiitas passaram a formar um ramo separado do Islã, uma vez que acreditam que o Islã deveria ser governado por descendentes de Maomé.

Hussein foi morto porque contestou o poder do califa Yazid I, da dinastia Omíada, que então governava o Império Islâmico a partir de Damasco. Hussein é considerado o terceiro ímã do xiismo. As informações são da Associated Press.

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