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O festival religioso de Ashura, dos muçulmanos xiitas, ocorreu neste domingo (27) sem episódios maiores de violência no Iraque, depois do emprego de um forte esquema de segurança para proteger milhões de ataques.

Em mesquitas e templos por todo o Iraque, milhões de xiitas, iraquianos e estrangeiros lembraram a morte de Hussein, neto de Maomé, na batalha de Kerbala, um evento que define a divisão entre os xiitas e os sunitas.

Muitos caminharam milhas até Kerbala, ao sul de Bagdá, onde milhares de peregrinos se vestiam de preto. As procissões foram no passado frequentemente alvo para os insurgentes sunitas.

Cerca de 20 mil homens das forças de segurança do Iraque rodeavam Kerbala. Veículos foram banidos do local, e mil atiradores se posicionavam no topo de edifícios.

Apesar do aumento da segurança no festival nos últimos anos, um Ashura pacífico neste ano é importante para as autoridades iraquianas por causa das eleições parlamentares, marcadas para março.

O partido do premiê iraquiano, o xiita Nuri al-Maliki, deve concorrer às eleições com uma plataforma baseada na lei e na ordem. Uma série de atentados recentes a bomba em Bagdá vai, porém, de encontro ao discurso.

"Achamos que o governo fez um esforço maior (em segurança) por causa das eleições. Por que então a segurança não foi tão boa nos outros anos?", perguntava o peregrino Nasser Hussein.

No ápice do festival, com duração de dez dias, multidões batem nas suas cabeças e corpos e lembram em cânticos a morte de Hussein no campo de batalha.

Apesar da segurança, houve ataques esporádicos e de pequeno porte contra peregrinos nos últimos dias. Uma bomba em estrada matou quatro e feriu 28 peregrinos ao norte de Bagdá no sábado.

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