Milhares de xiitas do Bahrein se manifestaram hoje na cidade de Diraz, após as preces muçulmanas. Os manifestantes gritavam contra o governo, apesar de as autoridades terem proibido protestos no país do Golfo Pérsico vizinho da Arábia Saudita.
"Nós sacrificamos nosso sangue e nossa alma pelo Bahrein", cantava a multidão. Também havia pedidos por moderação e para que não houvesse violência, após sangrentos episódios de repressão a manifestantes pela democracia nos últimos dias.
Ontem, o governo prendeu pelo menos sete importantes dissidentes. Além disso, policiais dispararam com armas de verdade em manifestantes e usaram gás lacrimogêneo para acabar com um protesto na vila xiita de Deih, a oeste da capital Manama segundo relatos de um ativista.
Os manifestantes exigem que o país se torne uma monarquia constitucional, a renúncia do governo e o fim da repressão e da corrupção. Elementos xiitas mais radicais querem a instauração de uma república. O Bahrein é uma nação de maioria muçulmana xiita, governada por uma dinastia da minoria sunita.
Na terça-feira, o rei Hamad decretou um estado de emergência de três meses. Além disso, centenas de tropas sauditas e dos Emirados Árabes entraram no Bahrein esta semana para ajudar as forças oficiais a garantir a segurança.
Policiais e militares ocuparam áreas de Manama e vilas xiitas no interior foram isoladas. Agora, há em áreas da capital um toque de recolher, em vigor das 20h às 4h (horário local), sem data para terminar.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia