Milhares de manifestantes se reuniram hoje em cidades majoritariamente xiitas em todo o Iraque para protestar contra o que alguns chamam de "ataques sectários" das forças de segurança contra xiitas no Bahrein, que é governado por uma monarquia sunita.
As manifestações estão entre as maiores realizadas no Iraque desde que a onda de protestos se disseminou, a partir da Tunísia por todo o Oriente Médio. Líderes iraquianos temem que o levante no Bahrein - que se tornou mais violento depois que forças militares sauditas e de outros países do Golfo Pérsico intervieram para defender a monarquia - possa dar início a disputas entre sunitas e xiitas em toda a região. Além disso, a população iraquiana, majoritariamente xiita, sente-se ligada a seus irmãos no Bahrein e desconfia da poderosa vizinha sunita, a Arábia Saudita.
"Estão ocorrendo verdadeiros massacres no Bahrein", disse o xeque xiita Maitham al-Jamri, que disse ter sido um clérigo no Bahrein, a jornalistas em Sadr City, bairro de Bagdá. "Mas se eles nos cortarem em pedaços e nos queimarem 70 vezes, não interromperemos nossos pedidos por mudanças. Se todos os meios de comunicação estiverem bloqueados no Bahrein, as vozes do povo no Iraque e no Líbano pedindo 'não à injustiça' poderão ser ouvidas", declarou.
Cerca de 5 mil seguidores do clérigo antiamericano Muqtada al-Sadr participaram de uma manifestação em Sadr City, carregando faixas nas quais prometiam se juntar a seus companheiros xiitas no Bahrein.
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