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PEQUIM - A empresa Yahoo Inc. repassou provas para autoridades da China que levaram à detenção de um escritor chinês de Internet, disseram nesta quinta-feira advogados e ativistas. Esse foi o segundo caso do tipo envolvendo a gigante da Internet americana.

O caso veio à tona uma semana depois de o Google Inc. ter sido criticado por afirmar que bloquearia termos políticos mais delicados em seu novo site chinês, cedendo a imposições do governo ditatorial de Pequim.

O escritor e ativista Liu Xiaobo disse que o Yahoo cooperou com a polícia chinesa em um caso que levou à prisão de Li Zhi em 2003. Ele foi acusado de subversão e sentenciado a oito anos de detenção, após tentar se filiar a um partido dissidente.

Uma porta-voz do Yahoo disse que a companhia estava analisando a situação.

- Não teríamos como saber se uma exigência de informações estava focada em assassinato, seqüestro ou outro crime - disse por telefone da Califórnia Mary Osako, acrescentando que o Yahoo acreditava que a Internet era uma força positiva na China.

Em setembro, o Yahoo havia sido acusado de ajudar autoridades chinesas a identificar Shi Tao, sentenciado a 10 anos de prisão por vazamento de segredos de Estado no exterior. Na época, o Yahoo se defendeu afirmando que tinha que cumprir as leis locais.

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