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Ucrânia

Yanukovich assina acordo de paz e aceita antecipar eleição

Manifestantes com velas e celulares acesos em protesto pelas dezenas de pessoas mortas em confrontos com a polícia | David Mdzinarishvili/Reuters
Manifestantes com velas e celulares acesos em protesto pelas dezenas de pessoas mortas em confrontos com a polícia (Foto: David Mdzinarishvili/Reuters)

Líderes da oposição ucraniana assinaram ontem um acordo de paz com o presidente Viktor Yanukovich, mediado pela União Europeia (UE). O objetivo é terminar com a violência que já deixou dezenas de mortos e abrir caminho para uma eleição presidencial ainda neste ano. Antes, o pleito estava previsto para março do ano que vem.

Yanukovich, apoiado pela Rússia e pressionado para renunciar pelos protestos em Kiev, ofereceu uma série de concessões aos seus adversários pró-Europa, incluindo um governo de unidade nacional, mudanças constitucionais para reduzir seus poderes, além do pleito presidencial.

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que o acordo prevê a criação de um governo de unidade nacional e a antecipação da eleição presidencial, apesar de nenhuma data ter sido fixada.

Um dos mediadores da UE, o ministro polonês de Relações Ex­­teriores, Rados­­law Sikorski, descreveu o acordo como um "bom entendimento para a Ucrânia". Numa mensagem pelo Twitter, ele disse que o acordo era uma chance para a paz, que abria "o caminho para reforma e para a Europa".

A Ucrânia está no meio de uma disputa diplomática entre a Rússia e a UE. Pelo menos 77 pessoas morreram nesta semana na pior onda de violência do país desde que ele se tornou independente da União Soviética em 1991.

"Nesses dias trágicos, em que a Ucrânia sofreu perdas enormes, em que pessoas morreram nos dois lados do conflito, é meu dever perante à memória dos que se foram declarar que nada é mais importante do que a vida humana. Precisamos agir juntos para restaurar a paz na Ucrânia", disse Yanukovich.

O presidente afirmou que a Ucrânia voltaria para a Constituição anterior às mudanças aprovadas em 2004, quando o Parlamento tinha maior controle sobre a composição do governo, incluindo o cargo de primeiro-ministro.

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