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Crise

Yanukovich não lidera a Ucrânia, afirmam os EUA

Mulher acende vela no centro de Kiev, em homenagem aos mais de 70 mortos registrados durante os confrontos no país | Marian Striltsiv/Reuters
Mulher acende vela no centro de Kiev, em homenagem aos mais de 70 mortos registrados durante os confrontos no país (Foto: Marian Striltsiv/Reuters)
Oleksandr Turchinov, presidente interino da Ucrânia |

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Oleksandr Turchinov, presidente interino da Ucrânia

Os Estados Unidos disseram ontem que o paradeiro do presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, não foi confirmado e ressaltou que ele não está "liderando o país ativamente".

Yanukovich, deposto no sábado, foi declarado ontem procurado por "massacre de cidadãos pacíficos", em razão das mortes de dezenas de manifestantes em confrontos com a polícia e por disparos de franco-atiradores na semana passada.

Por meio do porta-voz Jay Carney, da Casa Branca, o governo de Barack Obama afirmou que o parlamento ucraniano elegeu de forma legal um novo representante. O presidente do Parlamento, Oleksandr Turchinov, assumiu como líder interino do governo na esteira da onda de protestos que levou Yanukovich a fugir da capital Kiev.

Yanu­­kovich estaria na península da Crimeia, no Mar Negro, uma área pró-Rússia da Ucrânia.

Carney disse ainda que os EUA estão preparados para ajudar a Ucrânia a recuperar a estabilidade econômica, oferecendo apoio que complemente a assistência do Fundo Monetário Internacional.

A aprovação americana foi contrabalançada com as críticas da Rússia. O primeiro-ministro Dmitri Med­­vedev questionou ontem a legitimidade do novo governo ucraniano. "Ali não temos com quem conversar. Temos sérias dúvidas sobre a legitimidade de uma série de órgãos de poder que agora estão funcionando no país", disse Medvedev, em Sochi.

"Alguns de nossos sócios estrangeiros não acham o mesmo. Não sei que Cons­­tituição leram, mas é uma aberração chamar de legítimo o que, na realidade, é resultado de uma insurreição armada", disse, em referência ao reconhecimento, por parte de alguns países ocidentais, das novas autoridades ucranianas. "Não entendemos o que está acontecendo ali, se existe ameaça aos nossos interesses e às vidas de nossos cidadãos."

O novo governo ucraniano disse ontem que precisa de US$ 35 bilhões em ajuda internacional pelos próximos dois anos. O presidente interino, Oleksandr Turchinov, disse que o país estava próximo da falência e que a economia está à beira de um colapso. A Ucrânia tem US$ 6 bilhões em dívida pública a vencer até o final de 2014.

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