Ucrânia dissolve Parlamento e convoca eleição
O presidente Viktor Yushchenko, que há meses vive em confronto com o primeiro-ministro, anunciou a assinatura de um decreto que dissolve o Congresso e convoca eleições para maio.
O presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, pediu hoje às Forças Armadas e aos serviços de segurança e de proteção da ordem pública que cumpram o decreto ditado em 2 de abril pelo qual dissolveu o Parlamento.
"Não percam tempo em vão. O presidente emitiu um decreto. Espero de vocês seu cumprimento cabal", disse Yushchenko em reunião com altos comandantes das Forças Armadas e responsáveis dos serviços de segurança do país.
O chefe de Estado, segundo um comunicado emitido pela Presidência, pediu às forças de segurança, à Promotoria e ao Serviço de Segurança da Ucrânia que "reajam sem demora" às violações da lei e às ações que tentam impedir a realização das eleições legislativas antecipadas.
Junto com o decreto de dissolução do Parlamento, Yushchenko convocou eleições parlamentares para 27 de maio.
A decisão do presidente ucraniano foi rejeitada pela coalizão majoritária do Legislativo, que apóia o primeiro-ministro, Viktor Yanukovich.
O chefe do Governo, rival de Yushchenko nas presidenciais de 2004, propôs ao presidente realizar antecipadamente eleições parlamentares e presidenciais simultâneas.
Yushchenko rejeitou a sugestão do primeiro-ministro, que qualificou de "chantagem".
Um grupo de deputados da coalizão da maioria impugnou o decreto presidencial no Tribunal Constitucional, que na terça-feira deve iniciar a análise do recurso.
O presidente ucraniano anunciou na semana passada que acatará o ditame do Tribunal Constitucional sobre seu decreto de dissolução do Parlamento, qualquer que seja ele.
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