José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente do governo da Espanha (2004-2011), se encontra com Maduro na Venezuela em 2018| Foto: EFE/Cristian Hernández
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O sindicato conservador espanhol Mãos Limpas apresentou nesta segunda-feira (19) uma denúncia no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, ex-presidente do governo da Espanha (2004-2011), acusando-o de crimes contra a humanidade devido à sua relação com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.

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O site espanhol The Objective, que teve acesso ao documento, apontou em reportagem que a denúncia solicita que Zapatero seja investigado por suposta colaboração com o “regime criminoso” chavista.

A comunicação enviada ao TPI cita a repressão de Maduro contra manifestantes e oposicionistas que contestam a fraude na eleição presidencial de 28 de julho e argumenta que o ex-presidente socialista espanhol, “apontado como aliado do regime, foi acusado de pressionar a oposição e de agir a favor de Maduro na cena internacional”.

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“Rodríguez Zapatero, apesar dos relatórios internacionais sobre a crise na Venezuela, foi acusado de receber benefícios do regime, como a exploração de uma mina de ouro e contratos de petróleo, o que gerou controvérsia e denúncias públicas, até mesmo dentro do seu próprio partido na Espanha, [conduta] que contrasta com a postura crítica de outros líderes socialistas, como o ex-presidente Felipe González [1982-1996]”, disse o Mãos Limpas.

Zapatero ainda não comentou a denúncia. Ele foi observador internacional na eleição do mês passado na Venezuela, mas ainda não se pronunciou sobre a fraude chavista para que Maduro permaneça no poder – o que levou órgãos de imprensa como o El País a condenar o “silêncio” do ex-presidente. No passado, Zapatero condenou as sanções impostas ao país sul-americano.