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Inspetores da Aiea visitam a usina nuclear de Zaporizhzhia, em 2 de setembro de 2022.
Inspetores da Aiea visitam a usina nuclear de Zaporizhzhia, em 2 de setembro de 2022.| Foto: D. Candano Laris/Aiea/EFE/EPA

A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) confirmou que os funcionários da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, ocupada por tropas da Rússia, desligaram o último de seus reatores em funcionamento depois que o fornecimento de energia fora da central foi restabelecido. “O operador desligou nesta manhã seu último reator em funcionamento, que na última semana vinha fornecendo à usina nuclear de Zaporizhzhia a energia necessária depois que ela foi desconectada da rede”, disse a agência nuclear da ONU, com sede em Viena (Áustria), em redes sociais. “Uma linha de energia externa de reserva para a usina nuclear de Zaporizhzhia foi restaurada, fornecendo à usina a eletricidade externa de que ela precisa para o resfriamento do reator e outras funções de segurança”, acrescenta a postagem.

A Aiea informou que seus dois inspetores na usina foram informados da operação, depois que fontes ucranianas afirmaram que tinham começado os preparativos para resfriar o reator e mudá-lo para o modo “desligamento a frio” por razões de segurança. De acordo com a estatal ucraniana de produção de energia nuclear, Energoatom, a decisão de desligar o reator e mudá-lo para o modo mais seguro de “desligamento a frio” foi tomada depois que a usina funcionou durante três dias em capacidade “criticamente baixa” devido a danos em todas as conexões causados por bombardeios nos combates entre forças russas e ucranianas. No sábado à noite, depois que uma das linhas de alta tensão foi restaurada, a usina começou a receber eletricidade da rede ucraniana, permitindo que o último dos seis reatores em operação da usina fosse desligado.

De acordo com Volodymyr Kudrytskyi, diretor-executivo da operadora de linhas de alta tensão Ukrenergo, “a Rússia está danificando sistemática e deliberadamente a rede de transmissão de eletricidade ao redor da usina”. Segundo a Energoatom, em caso de danos repetidos nas linhas de comunicação com o sistema de energia, “cujo risco permanece elevado”, as próprias necessidades da usina serão supridas por geradores a diesel. A capacidade de usar geradores para alimentar a estação é limitada pelos “recursos tecnológicos e pela quantidade de combustível diesel disponível”. A Energoatom anunciou que estava fazendo todos os esforços para organizar o fornecimento de combustível diesel adicional para a estação.

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