O líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, foi o militante que lançou uma guerra sangrenta para expulsar as forças dos Estados Unidos do país árabe. Essa guerra fez com que os norte-americanos colocassem um prêmio de US$ 25 milhões por sua captura.
Osama bin Laden nomeou Zarqawi seu vice no Iraque depois de o militante ter prometido obediência ao líder mundial da rede terrorista, em outubro de 2004. Bin Laden chamava-o de "príncipe da Al-Qaeda" no Iraque.
O líder mais temido da insurgência sunita, Zarqawi inspirou um número interminável de militantes do mundo árabe a se matarem em missões suicidas no Iraque, levando consigo milhares de outras vidas.
Seus métodos tornaram-se tão brutais que o vice de Bin Laden na rede mundial disse a Zarqawi que ele estava prejudicando a imagem da Al-Qaeda, considerada uma das organizações militantes mais implacáveis do mundo.
Zarqawi, que estava perto de completar 40 anos, teria participado pessoalmente da decapitação de um refém americano em 2004. O assassinato da vítima foi gravado em um vídeo, divulgado depois por canais árabes de notícia.
A infância do militante, filho de um tradicional dirigente de tribo árabe, foi marcada pela pobreza e pelo jogo político na soturna cidade industrial de Zarqa, na Jordânia, lar de refugiados palestinos e de beduínos.
Ele era, então, conhecido apenas por praticar pequenos crimes. Mas, influenciado por pregadores radicais de uma mesquita da cidade, o futuro militante partiu dali no começo de 1989 rumo ao Afeganistão, onde ativistas islâmicos como ele combatiam os "grandes infiéis" -- o Exército soviético.
Zarqawi -- cujo nome verdadeiro é Ahmed Fadhil al-Khalayleh -- foi detido na Jordânia em 1993 depois de regressar do Afeganistão no ano anterior. O guarda de uma prisão lembra-se dele como sendo uma figura carismática e respeitada por seus companheiros de cela.
- Ele costumava levantar peso e fazer exercícios. Ele era considerado um homem disciplinado e forte. As pessoas costumavam dar atenção a ele - contou o guarda.
A Justiça jordaniana condenou-o à morte em 2002, durante um julgamento realizado à revelia, sob a acusação de que Zarqawi planejou ataques contra alvos americanos e israelenses no reino. A Jordânia também o acusa de ter idealizado o assassinato, em 2002, do diplomata americano Laurence Foley, em Amã.
Antes da invasão do Iraque liderada pelos EUA, em 2003, Zarqawi mantinha ligações com o Ansar al-Islam, um grupo militante que atua em uma parte remota do norte iraquiano, uma área de maioria curda localizada na fronteira com o Irã.
A base do grupo foi destruída durante a invasão norte-americana, mas Zarqawi logo ressurgiu como líder de um grupo militante chamado Tawhid wal Jihad, que mais tarde mudou seu nome para o de Al-Qaeda no Iraque.
O Iraque parecia oferecer-lhe uma chance de ouro para realizar seus sonhos -- a deposição do ditador Saddam Hussein abriu um grande buraco na área de segurança do país.
Muitas milhares de mortes mais tarde, Zarqawi tem tudo para se transformar em um símbolo do martírio para jovens militantes árabes que apostam em cintos-bomba atados em suas cinturas para conseguir o mesmo status do militante.
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