O presidente deposto de Honduras Manuel Zelaya disse neste sábado (18) a uma rádio de seu país que está de acordo com a proposta de um governo de coalizão para solucionar a crise política na nação da América Central abalada por um golpe de Estado.

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A proposta de um governo de reconciliação foi feita pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, mediador nas negociações entre representantes de Zelaya e do governo interino do país de Roberto Micheletti, ex-presidente do Congresso que assumiu em 28 de junho após um golpe militar.

As duas partes partiram para o tudo ou nada nas conversações deste sábado, depois que Zelaya deu um ultimato para chegar a um acordo que o leve de volta ao poder. O mediador Arias enfrenta um duro teste, à medida que ambos os lados parecem entrincheirados em suas posições. O embate provocou a pior crise política na América Central desde a época da Guerra Fria, criando um desafio para o presidente norte-americano Barack Obama num momento em que ele tenta ampliar as relações de seu país com a América Latina.

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Zelaya criou as bases para o encontro deste sábado, antecipando que consideraria a mediação um fracasso a menos que Micheletti concordasse em deixar a presidência.

Falando do exílio na Nicarágua na sexta-feira, ele disse que retornaria a Honduras "de um jeito ou de outro", independentemente dos resultados das negociações.

Micheletti tem dito que a volta de Zelaya ao poder é inegociável. Ele admitiu que poderia deixar a presidência, com a condição de que Zelaya não reassuma o posto de presidente. A despeito do discurso agressivo de ambas as partes, Arias lançou um sinal de esperança nos esforços de mediação.

"Eu acredito que tem havido uma flexibilização em relação às posições iniciais", disse.

Os militares derrubaram Zelaya acusando-o de violar a constituição do país por tentar estender seu mandato presidencial. Micheletti tem dito que Zelaya sera preso e enfrentará processos se retornar ao país.

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