O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira (30) que os presidentes de Argentina e Equador e o chefe da OEA vão acompanhá-lo no retorno ao seu país nesta quinta-feira (2).
"Voltarei a Honduras na quinta-feira, voltarei como presidente", disse Zelaya em entrevista coletiva na Organização das Nações Unidas (ONU), após fazer discurso na Assembleia Geral da entidade.
Ele acrescentou que o presidente da Assembleia Geral, Miguel D'Escoto, também prometeu viajar com ele apara Honduras, ao lado da presidente argentina, Cristina Kirchner, do equatoriano, Rafael Correa, e do chefe da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
Zelaya, que foi expulso de Honduras e levado à Costa Rica por militares no domingo, disse ter o apoio de toda a comunidade internacional e acrescentou esperar que os militares mudem de posição sobre sua volta e também o apoiem.
Questionado sobre o que garantiria sua segurança em Honduras, ele respondeu: "O sangue de Cristo, minhas convicções, minha conduta..."
O ministro interino do Exterior de Honduras disse que Zelaya será preso se retornar ao país.
O presidente deposto disse que pretende concluir seu mandato, e não concorrer novamente à Presidência do país. Ele foi expulso do país após tentar mudar a Constituição para permitir que o presidente busque a reeleição além do mandato de quatro anos.