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Zelaya nega ameaças de morte a presidente interino de Honduras

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta quarta-feira que a acusação do mandatário interino, Roberto Micheletti, de ter recebido ameaças de morte contra ele e sua família são parte dos "fantasmas" que o levaram a tomar o poder.

No cargo presidencial desde que os militares tiraram Zelaya de casa sob a mira de fuzis e o levaram para a Costa Rica, há quase dois meses, Micheletti disse na segunda-feira que teve de reforçar a sua segurança após ser ameaçado de morte, sugerindo que as ameaças vieram dos partidários de Zelaya.

"Creio que as suposições do senhor Micheletti circulam na verdade entre os fantasmas que o levaram a cometer esse erro contra os hondurenhos," afirmou Zelaya a jornalistas ao ser consultado sobre os comentários de Micheletti.

"Os que estão com os rifles e com a força das armas são os golpistas que ele lidera," acrescentou no Palácio de Governo de Lima, onde se reuniu por cerca de uma hora com o presidente peruano, Alan García.

Ao denunciar as ameaças, o mandatário interino não detalhou nem a procedência delas nem os meios pelos quais foram realizadas, mas sugeriu que vinham de simpatizantes de Zelaya.

O presidente deposto realiza um giro pela América Latina --no qual visitou recentemente Chile, Brasil e México-- para que os líderes da região mantenham o repúdio ao governo 'de facto' e rechacem a legitimidade de uma eventual eleição.

Por outro lado, Zelaya garantiu que o retorno a seu país é "iminente" porque não pode viver "desterrado," embora tenha reiterado que deseja fazer isso de forma pacífica.

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