Tegucigalpa - Buscando demonstrar de que se sente consolidado no cargo, Roberto Micheletti visitou ontem pela primeira vez o principal centro econômico de Honduras como presidente interino e assegurou que Manuel Zelaya "nunca poderá voltar ao poder por ter abandonado as negociações na Costa Rica.
"O presidente anterior nunca poderá voltar a assumir a Presidência, por ter declarado fracassada a mediação e a opção negociada, disse Micheletti, por meio de comunicado oficial divulgado ontem.
"(Zelaya) nunca poderá voltar por uma rota de diálogo enquanto continue ameaçando organizar guerrilhas a partir de acampamentos na Nicarágua com o apoio dos senhores Daniel Ortega, Hugo Chávez e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e enquanto se empenhe em trazer violência, banho de sangue e morte ao povo hondurenho, prosseguiu a nota, lida por um porta-voz em Tegucigalpa.
Ontem, o toque de recolher só permanecia em vigor nas regiões fronteiriças da Nicarágua, de onde Zelaya promete organizar um "exército popular e atravessar de volta a Honduras embora já tenha deixado a região desde a quinta.
O presidente da Costa Rica, Óscar Arias, anunciou que um grupo de diplomatas da Organização dos Estados Americanos (OEA) viajará a Tegucigalpa para tentar convencer Micheletti a aceitar o retorno de Zelaya ao poder.