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Tegucigalpa - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pediu ontem o fim do estado de sítio para que se inicie um diálogo com o governo interino de Roberto Micheletti.

A crise hondurenha já dura mais de três meses. Qualquer possibilidade de diálogo esbarra na principal divergência: a restituição de Zelaya à Presidência – rejeitada pelo presidente interino.

Zelaya ainda defendeu o fim do cerco das forças de segurança à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está refugiado desde 21 de setembro.

O presidente deposto também é favorável à reabertura da rádio Globo e o Canal 36 de televisão, fechados por Micheletti na segunda-feira passada.

A Organização de Estados Americanos (OEA) está mais otimista quanto a uma solução para a crise. Na quarta-feira, cerca de dez chanceleres e o secretário-geral do órgão, José Miguel Insulza, chegam ao país para negociar um acordo.

O "Acordo de São José", que pleiteia a restituição de Zelaya como um dos pontos para retirar Honduras da atual crise política, poderia ser modificado para destravar o diálogo com o governo de fato, disse no domingo um funcionário da OEA.

"Sem dúvida, se os próprios hondurenhos consideram que se pode modificar (o plano Arias), isso é absolutamente factível. Aqui não há nada escrito em pedra ou bronze", disse a jornalistas Víctor Rico, secretário de Assuntos Políticos da OEA.

Rico lidera uma missão que prepara a visita dos representantes da organização. Micheletti, afirma que o retorno de Zelaya ao poder não é negociável, e que este deveria ser preso por supostamente violar a Constituição do país ao tentar abrir caminho para a sua reeleição.

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