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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se pronunciou pela primeira vez sobre o adiamento das eleições presidenciais do próximo ano
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se pronunciou pela primeira vez sobre o adiamento das eleições presidenciais do próximo ano| Foto: EFE/EPA/PRESIDENTIAL PRESS SERVICE

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se pronunciou abertamente nesta segunda-feira (6), pela primeira vez, contra a possibilidade de realização das eleições programadas para o próximo ano no país, enquanto durar a guerra com a Rússia.

"Acredito que agora não é o momento de realizar eleições", disse Zelensky, cujo mandato termina em 31 de março de 2024.

O presidente ucraniano pediu em discurso aos cidadãos que evitem "tudo o que os divide politicamente e que se concentrem na defesa do país e na batalha que decidirá o destino do território e do povo".

Zelensky pediu que se evite o pessimismo e os conflitos internos e advertiu que isso só interessa à Rússia.

"E se for necessário pôr fim a isso ou à disputa política e continuar a trabalhar unicamente em unidade, então o Estado tem estruturas capazes de pôr fim a conflitos e dar à sociedade todas as respostas necessárias para que não haja lugar para conflitos e jogos de outros contra a Ucrânia", disse.

As observações de Zelensky foram feitas dias depois que seu ex-assessor, Oleksiy Arestovych, pediu que as eleições não fossem adiadas e anunciou sua intenção de concorrer ao cargo de presidente.

Arestovych tem criticado fortemente o governo Zelensky nos últimos meses e afirma ter recebido pressões e ameaças como resultado.

Em seu discurso, o presidente ucraniano descreveu como "totalmente irresponsável e frívolo lançar um debate público sobre a questão das eleições em tempo de guerra".

O establishment militar e de segurança ucraniano já havia alertado sobre o desafio de garantir a segurança no dia da eleição em meio à guerra e de dar a todos os soldados, refugiados e pessoas deslocadas internamente a oportunidade de votar.

As palavras de Zelensky a favor do adiamento das eleições - conforme previsto na lei em vigor desde o início da guerra no país - ocorrem, além disso, depois do comandante do exército ucraniano, Valery Zaluzhny, reconhecer pela primeira vez erros na estratégia militar adotada e o impasse na frente de batalha. (Com agência EFE)

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