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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou à população de seu país na noite desta segunda-feira (18) que a Rússia “começou a grande batalha por Donbass”, em referência à esperada grande ofensiva do Exército russo para controlar todo o leste do território ucraniano.
“Podemos confirmar que as tropas russas começaram essa batalha”, declarou Zelensky em uma mensagem de vídeo divulgada pelo portal Ukrinform, para em seguida destacar que os soldados ucranianos “batalharão” e que “não cederão” nada do território do país.
“O Exército russo concentrou uma grande parte de suas tropas lá para focar em sua ofensiva”, acrescentou, para mais tarde afirmar que “não importa quantas tropas russas estejam mobilizadas, vamos lutar”.
A mensagem do governante ucraniano se segue aos bombardeios registrados ao longo desta segunda-feira em Donbass e depois que o governador regional de Lugansk, Serhiy Gaidai, proclamou o início da ofensiva em uma de suas cidades, Kreminna, no início da manhã.
Paralelamente ao alarme no leste do país, em Lviv, no oeste e a 80 quilômetros da fronteira com a Polônia, cinco ataques com mísseis também foram relatados pela manhã, deixando pelo menos sete mortos.
Especialmente dramática é a situação em Mariupol, a cidade portuária estratégica no Mar Negro, que sofre diariamente com os bombardeios russos desde o início da invasão em 24 de fevereiro.
As autoridades ucranianas informaram nesta segunda-feira, pelo segundo dia consecutivo, que não é possível abrir corredores humanitários para realizar evacuação de civis porque, segundo Kiev, não há garantias de segurança por parte da Rússia.
Nesse sentido, a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk pediu à Rússia, por meio da conta oficial do Telegram, que abra um desses corredores humanitários para permitir essas operações.
Segundo fontes ucranianas, em uma fábrica de aço em Mariupol, há cerca de mil civis refugiados. Também estão entrincheirados ali os últimos soldados ucranianos que tentam resistir ao ataque russo contra a cidade.