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Ucrânia planeja mobilizar 160 mil soldados adicionais
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante reunião com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin em Kiev| Foto: EFE/EPA/PRESIDENTIAL PRESS SERVICE

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou nesta quinta-feira (31) a reação “nula” do Ocidente às informações de que tropas da Coreia do Norte foram enviadas à Rússia para lutar ao lado do Exército do ditador Vladimir Putin contra a Ucrânia, e advertiu que Moscou trará mais militares norte-coreanos se a comunidade internacional não tomar providências.

“O presidente da Rússia, Vladimir Putin, avalia a reação do Ocidente. Putin avalia a reação dos países da OTAN. Putin avalia a reação da Coreia do Sul”, disse Zelensky em Kiev durante uma entrevista à TV sul-coreana KBS, que ele publicou na íntegra em suas redes sociais.

Zelensky acrescentou que, “se nada acontecer”, Putin “aumentará o número de militares norte-coreanos” que serão enviados à Rússia para se juntar ao exército que luta contra a Ucrânia.

“E eu considero que a reação hoje é zero, zero”, declarou o presidente ucraniano.

“Serão 3 mil, 10 mil ou podem ser 100 mil, e isso dependerá diretamente da reação do Ocidente. Se a reação for fraca, será mais”, enfatizou.

Na entrevista, Zelensky repetiu que cerca de 3 mil militares norte-coreanos já chegaram à Rússia para lutar ao lado do Exército de Putin.

O contingente, acrescentou, é composto por soldados e oficiais e já está em campos de treinamento na região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.

A Rússia está lutando na região contra as tropas ucranianas que ocupam parte do território desde agosto. As tropas russas também estão protegendo a fronteira com a Ucrânia para evitar novas incursões.

Zelensky afirmou que os militares norte-coreanos ainda não entraram em combate, mas que espera que o façam “dentro de alguns dias”.

Ele afirmou que de acordo com declarações anteriores de Coreia do Sul e Ucrânia, o primeiro grupo de militares da Coreia do Norte a ser enviado para a Rússia, incluindo os de Kursk, poderia chegar a 12 mil Zelensky também lembrou que, antes de enviar pessoal, a Coreia do Norte já havia fornecido à Rússia mísseis e 3,5 milhões de projéteis de artilharia.

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