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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky| Foto: EFE

O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (16) que o país "não tem medo de nenhum inimigo", nem de previsões sobre o momento de um ataque russo, e que "vai se defender" se ele acontecer.

"Não recuaremos e não nos renderemos. Estamos unidos por nossa força e vontade, firmeza, coragem e sabedoria. Estivemos unidos por todos estes oito anos (de guerra na região de Donbas). Não temos medo de qualquer previsão, qualquer povo, qualquer inimigo, porque nos defenderemos em 16 de fevereiro, 17 de fevereiro, em março, abril, setembro e dezembro", declarou o político a soldados na cidade de Mariupol, no leste do país.

Zelensky apontou as diferenças entre o cenário atual e o de 2014, quando a Rússia anexou ilegalmente a península ucraniana da Crimeia e apoiou as milícias separatistas em Donbas.

"A guerra durou oito anos, e nós nos tornamos muito mais fortes. Temos forças armadas fortes, excelentes diplomatas, voluntários e forças de resistência", acrescentou.

"Estamos calmos, porque estamos juntos. Somos fortes, porque estamos juntos. Nós somos ucranianos, e é por isso que estamos juntos. Estou feliz, e é uma grande honra ser o presidente deste povo, deste país em um dia como este", enfatizou Zelensky, aos militares.

Embora tenha destacado que, no contexto atual, o dia e o mês de um possível ataque russo são irrelevantes, Zelensky decretou que esta quarta-feira, que seria o “dia da temida invasão russa” de acordo com alguns relatórios ocidentais, marcará a celebração da união nacional.

Em discurso veiculado pela televisão, o presidente afirmou: "Ninguém, só nós juntos poderemos defender nossa casa. Feliz Dia da União Ucraniana! Leste, Oeste, Sul e Norte".

"Dizem que o dia 16 é o dia da invasão, então faremos dele o dia da união", declarou o político ao instituir a data como feriado, por decreto, há apenas dois dias.

Várias bandeiras ucranianas e as cores nacionais, azul e amarela, tomaram conta de cidades e povoados desde a fronteira com a Polônia até o mar Negro. No Estádio Olímpico de Kiev, várias centenas de pessoas estenderam ao longo da pista de atletismo uma bandeira nacional com 200 metros de comprimento.

A Praça Maidan, palco em 2004 e 2014 de duas revoluções democráticas que inspiraram o mundo e irritaram o presidente russo, Vladimir Putin, foi o centro das atenções das manifestações. "Queremos mostrar que não temos medo", disse à Agência EFE o diretor geral dos Correios da Ucrânia, Igor Smelianski.

"Este é o preço a pagar. Se você não espera que os tanques sejam recebidos de braços abertos, então certamente pensará duas vezes", argumentou.

Zelensky abriu as comemorações do dia e pouco depois embarcou em um avião para liderar as manobras militares "Zametil-2022" que a Ucrânia lançou na semana passada em todo o país.

Durante o evento, os militares mostraram ao presidente os armamentos modernos fornecidos pelo Ocidente, como mísseis Javelin antitanque, foguetes Stinger terra-ar e drones turcos de assalto Bayraktar.

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