O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursando na Assembleia Geral da ONU| Foto: Divulgação/ONU
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reafirmou na segunda-feira (11) nos Estados Unidos a necessidade de mais fundos para seu país se defender da invasão da Rússia, dizendo que os russos não irão se contentar apenas com uma parte do território ucraniano.

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"A Ucrânia não se rendeu e não se renderá. Nós sabemos o que fazer e vocês podem contar com a Ucrânia. Esperamos, da mesma forma, que possamos contar com vocês", discursou na Universidade de Defesa Nacional dos EUA, na véspera de uma reunião na Casa Branca com o presidente americano, Joe Biden.

Zelensky, que esteve neste domingo (10) na Argentina para a posse do presidente Javier Milei, está visitando Washington pela terceira vez desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, que começou em fevereiro de 2022.

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A viagem ocorre no momento em que os fundos já aprovados pelos EUA para seu país estão prestes a se esgotar e depois que os republicanos, no dia 6 de dezembro, bloquearam a aprovação pelo Senado de um projeto de orçamento de US$ 105 bilhões que incluía US$ 61 bilhões para Kiev e cerca de US$ 14 bilhões para Israel.

Em troca, a bancada republicana está exigindo que as leis de migração dos EUA sejam mais rígidas, especialmente o sistema de asilo, e que várias permissões humanitárias para migrantes sejam eliminadas.

"Putin não se contentará com uma parte da Ucrânia. Ele precisa perder", declarou Zelensky, deixando claro para os militares presentes na sala que todos eles “sabem o que significa para um soldado esperar por munição sem saber se algum apoio virá".

O presidente ucraniano enfatizou que seu país conseguiu "mais do que qualquer um esperava" quando a Rússia iniciou a guerra e atribuiu isso à "coragem" de seu exército e à assistência "crucial" dos EUA.

"A Ucrânia está em uma batalha contra um Estado nuclear e um dos maiores exércitos [do mundo]. A atual geração de nações livres deve aprender com os conflitos passados na Europa que a destruição causada por ditaduras é muito gananciosa e precisa ser interrompida desde o início", disse.

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Em sua reunião com Biden nesta terça-feira (12), ele disse que discutirá os resultados que espera no próximo ano, com base no que já foi alcançado em 2023.

Os dois países assinaram um memorando de entendimento na semana passada sobre a produção conjunta de armas, que prevê a criação de fábricas no país europeu para fornecer ao exército equipamentos militares para continuar se defendendo.

"A liberdade sempre exige unidade e deve prevalecer quando desafiada", enfatizou Zelensky, deixando claro que o verdadeiro alvo da ofensiva de Putin não é a Ucrânia, mas a "liberdade".

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, destacou o apoio de seu país à Ucrânia: "Os compromissos dos EUA devem ser honrados. A segurança de nosso país deve ser defendida e sua palavra deve ser mantida", concluiu.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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